terça-feira, 24 de agosto de 2010

Antítese.

Some e volta
vai e não volta.
Me escapa das mãos,
e vai embora.
Tira-me a vida!
Acaba com o sossego!
Aterrozira-me!
Mas mata-me de amor...
Esqueça tudo
aquilo que eu te disse,
aquilo que eu te fiz,
olha-me com piedade
e vá porta à fora.

Some e volta
vai e volta.
Me escapa a paixão,
e fica agora,
e fica agora
e não vá jamais,
e fica pra sempre.
Me leva embora.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Basta-me o terror!

De várias coisas da vida, eu sei que tenho uma visão equivocada, talvez essa não seja a palavra correta...
De várias coisas da vida, eu sei que tenho uma visão diferente das outras pessoas, e o problema é o conflito que isso causa, ainda mais quando o conflitante está à minha volta.
Não querendo ser hipócrita e dizer ao mundo que eu sou uma exceção, mas diga-se de passagem eu sou.
Pelo meu tempo de vida estado aqui na Terra, pelas minhas ambições pessoais, eu não tenho vida alguma!
Quando penso em levantar voo e bater assas e encontrar belos pássaros à minha volta, que pensam como eu, que querem a mesma vida que eu quero pra mim...
Basta-me o terror!
Se isso é terror pra você, não sei mais o que fazer. Tenho medo de você, piso em ovos por você e ainda por cima levo chumbos como carinho. Será que acabará? Acho que nunca, por mais que eu fuja, um dia, ele seguirá meus passos, e dirá:
Basta-me o terror!
Já pensei em loucuras, me desfazer das assas, me guardar apenas para o ninho, dedicar-me totalmente aos problemas do lar, sem nenhuma regalia mundana, imunda. Já pensei em me apagar do mundo por uns tempos, que percebam a minha falta, eu sei que isso jamais aconteceria já que você não me deixou criar laços profundos.
Basta-me o terror!
Pra quê acabar com tudo? Seria maluca em sacrificar minha (única) felicidade, seria insano me sacrificar por você, pelo ninho que me repulsa a cada olhar seu. Não, não está tudo bem. Não quero que fique bem, se ficar saiba que é tragédia grega, que é fantoche. Espero que um dia eu diga para o ninho:
Basta-me o terror!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Jambo.

Quem me dera ter a influência de Catulo,
e lhe escrever o que me cala nas entranhas.
Precisaria de tremendo ódio para relatar,
sinto ao dizer que é isso que sinto.
Tentei te defender, falei e falei,
olhei por ti e pensei que nada podias fazer,
que não serias tão mau quanto falaram.
Inútil e infantil lenda, nada me fará.
Ledo engano, me pegas de apoio
e me atiras às desgraças.

Amargue pra sempre na tela de aquém,
se pudera, personificaria-te, e
açoitaria-te em frente ao templo
onde dizes que mandas.
É necessário real poder para reinar.
Faria-te o pior dos insetos,
pisar-te-ia, jamais lembrariam
de sua inútil existência, pobre e fraca.
Indisponibilidade é frequente,
que seja falha sua dignidade,
que sejam amaldiçoadas suas vertentes
que caia no mundo só dos dados.

Pra que te faria tantas injúrias?
Por ter cometido o pior dos erros:
apunhalar quem te deu suporte,
fazer fraquejar quem te sorriu,
trair pra sempre a mente
de quem esperou horas
pela sua bondade que nunca veio.

(Obrigada Júpiter Web, por ser o ridículo da USP.
Quero que você se dane, pro resto das graduações futuras.)