quarta-feira, 29 de junho de 2011

Maze, puzzle, treat.

Never saw, never touched, but I feel.
Always in order, always away, but I fell.
In a deep, deep way with no back home.
In a maze, in a puzzle, in a treat.
And I want myself to get lost in this maze,
I never wanna solve this puzzle,
And I never experienced such a sweet treat.

Never spoke, never looked, but I dream.
Always the same, always like that, only you.
Only you to let that happen, to break the ice.
Only you to melt me in such a hurry.
And I want myself to never be what I was before,
I don't wanna freeze again,
And after all, you know what you mean to me.

Eu sinto a necessidade de dizer...

Eu sinto a necessidade de dizer a todo instante que encontrar você, me fez acreditar mais uma vez nas pessoas, me fez acreditar mais uma vez que amar vale a pena. Se sentir amado nem que seja a 500 quilômetros de distância, se sentir necessário para alguém, muda o ângulo das coisas, as fazem tomar outro rumo, mais focado, mais proveitoso, mais idealizado.
E foi assim com você: sem esperar, aos poucos e tão rápido ao mesmo tempo você me desarmou, me fez sua refém. Abusou da compatibilidade à nós concedida e ocasionou em mim isso que eu sinto agora e a cada dia mais.
Já não falo sobre mais nada a não ser você e tudo que gira ao seu redor. Já não consigo ficar indiferente à você, aos seus passos, e a vontade que lateja aqui no coração de te ter, te sentir finalmente nos meus braços, recebendo meus abraços. E como se fosse fato consumado, já é, não materializado, mas sou sua na teoria e na prática, no português e na matemática, aqui ou lá, à quilômetros ou centímetros... Não importa.
A doce vontade, a inocente saudade, todas juntas me puxando pra você, me deixando paranóica, maluca, boba, ao ponto de colocar tudo a perder em um instante de infantilidade e cochilo da minha consciência.
E o pior dos castigos é esse desespero que insiste em tomar conta de mim.
Você já tem o meu céu e o meu inferno, já viu meu melhor e meu pior, e mesmo assim insiste em dizer que tudo isso que eu sinto, você também sente.
E se for pra ser eu e você, seremos nós. Eu não tenho medo, eu já tenho você que preenche todo e qualquer espaço dentro de mim, que me invade de alegria, que tem a capacidade de mudar o meu humor, que tem o dom de me fazer ansiar, de me fazer contar os dias, que me faz sonhar acordada com os futuros acontecimentos.
E se for pra sermos nós, seremos assim. Aqui ou ali, longe ou perto, fisico ou mental... Não importa.
Se eu sinto toda essa necessidade, se eu achei a agulha no palheiro foi por um motivo, por uma razão, para uma solução.
Se hoje eu já estou assim, pra quê desconfiar do futuro? As coisas podem dar certo sim, pra mim, pra você, pra nós. Peças do destino que são meros detalhes comparados à tudo isso no meio do caminho, nada supera, nada explica, nem precisa, o que não tem explicação tem sabor melhor, tem tempero apurado, tem magia suficiente pra existir sem razão.
Cansei de perguntas, de revirar a vida procurando um motivo, de questionar o inquestionável, de querer ver além do que ainda não foi escrito, de querer adivinhar as coisas. Chega.
Viver é dádiva, é presente. E pra quê arrumar motivos pra viver o futuro? Se o meu agora é com você.
O que passou, simplesmente passou, se me atentar aos detalhes eu vejo, mesmo sem ver o quanto tudo isso também faz sentido pra você, o quão bonito pode ser esse presente/futuro.
Prefiro esquecer todas as vezes que deixei as dúvidas tomarem conta de mim, abafei de uma vez por todas essas vozes, deixei só o silêncio, o seu silêncio sussurar pra mim coisas que ainda não entendo, mas que sinto.
E se for pra sermos eu e você, eu serei toda e completamente sua.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Amo e odeio.

Eu não sei dizer o que há de errado comigo...
Amo e odeio, quero e não quero, choro e rio.
Como se eu fosse duas, opostas, unidas por um mesmo sentimento mutante.

A racional: que pede sempre mais, cobra atitudes, gestos, pessimista ao extremo, que martela na minha cabeça dizendo que isso é loucura, aventura, afinal, são todos iguais.
A emocional: que se derrete, que vibra a cada ação, idealizadora e sonhadora ao extremo, que pula no meu coração, dizendo e gritando que é raridade, verdade, afinal, nem todos são iguais.

Eu não sei dizer o que há de errado comigo...
Amo-vos e queria odiar-vos, choro de tanto rir.
Como se eu fosse duas, iguais, unidas por um mesmo destino.

domingo, 26 de junho de 2011

Expressão e ódio.

Odeio a estilística,
Odeio a forma.
Me irrita ler,
Me irrita entender.

E por que só é
Assim que eu sei
Me expressar?

Detesto a critica,
Detesto as marcas.
Repudio a temática,
Repudio a viagem.

E por que só é
Assim que eu sei
Me expressar?

Flui, voa,
Pensamento corre.
Cabe, encaixa,
Ideias se aperfeiçoam.

Não penso,
E nenhum deles pensou.
Não me preocupo,
E nenhum deles se preocupou.
Talvez os perfeitos sim.
Mas eu não.

Ninguém entende,
Só eu entendo.
Ninguém critica,
Só eu sou cruel.
Ninguém aceita,
Muito menos eu.
Mas eu só sei assim.

terça-feira, 21 de junho de 2011

E se...?

E se você lá chegar e perceber que foi tudo uma grande bobagem?
Que foi sem pensar, que é impossível, inverossímil.
E se você lá chegar e ver que o mundo da liberdade tem sabor melhor?
Que é preferível ficar assim, que a vida dá oportunidades mil.

E se eu perder você?
Que raios vai acontecer?
E se você gostar de tudo aquilo?
Como é que eu vou esquecer?

E se você lá chegar e não quiser mais voltar?
Mesmo voltando, vai acabar mudando.
E se você lá chegar e encarar tudo como brincadeira?
De repente, você percebe que errar é humano.

E se eu perder você?
Que vou fazer com os restos do castelo?
E se você se desfizer de tudo?
Como é que eu vou me manter?

Eu digo que não, mas na verdade,
É verdade, eu corroo por dentro.
Eu quero me sobrepor,
Eu quero fingir que não me atinge...
Mas não dá, se a cada segundo,
Você é tudo o que me invade.

E se você desistir de tudo?
Enxergar com clareza as tristezas
De um romance distante.
E se você entregar os pontos?
Desfizer a promessa e a
Vontade de me esperar.

E se você lá chegar e perceber que é tudo verdade?
Que é sem parar, que é possível, verídico.
E você lá chegar e ver que o nosso mundo tem sabor melhor?
Que é preferível ficar assim, que a vida não dá oportunidades mil.

E se eu quiser você?
Que raios vai acontecer?
E se eu gostar de tudo isso?
Como é que eu vou partir?

E se ai eu chegar e não quiser mais voltar?
Mesmo voltando, vou acabar mudando.
E se eu ai chegar e perceber que nada é brincadeira?
De repente eu percebo que amar é humano.

E se eu quiser você?
Como vou construir o castelo?
E se eu me desfizer de tudo?
Como eu vou me manter?

Eu digo que não, mas na verdade,
É verdade, eu morro por dentro.
Eu quero me deixar guiar,
Eu quero dizer o quanto me atinge...
Mas não dá, se a cada segundo,
Você é tudo o que me invade.

E se eu desistir de tudo isso?
Enfrentar com bravura os impasses
De um romance distante.
E seu eu entregar ainda mais os pontos?
Já desfiz minha promessa e a
Vontade de me poupar.
Que mais me falta?

domingo, 19 de junho de 2011

Aquele dia.

Aquele dia foi tão banal que os anos fizeram o favor de deixar minha memória esquecer. Nem sequer me lembrei do que não poderia esquecer.
Mas não sabia que os mesmos anos que me levaram a lembrança, me trariam novas mudanças.
E tudo naquele mesmo dia. Nem sei precisar a data, que tritste, cabeça fraca.
Só me restou uma foto, quisera que nem isso eu tivesse, parece me deixar ainda mais sem memória. Só vejo o que vestia, e o motivo do dia.
Era festa, era verão, éramos crianças. Ah, agora me lembro da madeira, da poeira, da brincadeira. Mas nada de você.
Somas de anos, continuei tudo, vivi a vida, deixei esquecido aquele dia como tantos outros, que triste, cabeça fraca.
Aquele dia foi tão fundamental que o tempo trouxe à tona a real importância, me permitindo uma nova chance, um novo instante.
E o que parecia banal, encaixou. Agora faz algum sentido, teve um propóstito. E aquele dia que pra mim não tinha mera atenção,
somou tudo o que guardou no esquecimento, elevou ao quadrado e jogou de volta pra mim.
Vidrei, grudei. Até estranho, não costuma ser assim, quanto mais com anos de asfalto separando a lembrança.
E tudo naquele mesmo dia. Nem sei precisar a data, que triste, cabeça fraca.
Sinto que vou agora ganhar mais do que uma foto, talvez um registro interno, meu, pra mim.
Era festa, era verão, éramos dois iguais. Nem me lembro o que pensei sobre você.
Aquele dia foi tão coisa do destino que agora ele me cobra. Tá entendi, mais uma vez você estava certo.
Aquele dia passou do banal para o fundamental em uma quantidade de tempo que nem sei precisar.

Fissura

Virou fissura.
Só vejo você.
Virou mistura.
Eu e você.

Um segundo que passo vagando,
Mais um segundo que eu penso em você.
Um movimento que faço,
Mais um momento pra pensar em você.

É só isso.
Virou rotina.
É tão bom.
Virou sonho.

Mais uma hora que passo sem resposta.
Um motivo pra me preocupar.
Mais um dia que faço tudo sem você.
Um erro, você sempre está lá.

Que seja um segundo,
Um minuto, uma hora,
Um dia, um mês...
Já não dá mais pra lhe tirar o lugar
Fixou, virou fissura dentro de mim.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Magnetismo pra mim.

Quantas vezes vou ter que viver pra aprender?
Já não bastaram as tantas que me machucaram?
Por que tem que ser assim?
Magnetismo pra mim.

Será que isso um dia vai acabar?
Seu papel na minha vida vai finalmente se cumprir?
Por que tem que ser assim?
Magnetismo pra mim.

Larguei mão de coisas,
Fiz coisas que não faria,
Faria de novo?
Não preciso responder.
Magnetismo pra mim.

Os anos passam e nada parece mudar.
O que passou tem a capacidade de ser oculto tão rápido...
Basta uma palavra, basta uma iniciativa...
Lados opostos se atraem,
Mas nem tanto assim.
Vai ser pra sempre assim?
Magnetismo pra mim?

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Seu dom.

Palavras que hipnotizam, palavras que conquistam.
Seu dom.
Palavras que me fazem sorrir, palavras que me fazem chorar.
Seu dom.
Palavras que me fazem sentir, palavras que me fazem refletir.
Seu dom.

E seu dom virou minha busca, virou minha paz.
E seu dom é meu desejo, é minha vontade.
E seu dom virou minha cabeça, tirou minha paz.

Saudades do que nem senti, saudades de uma vida não vivida.
Seu dom.
Saudades de pensamentos que nem pensei, saudades de um dia que não me lembro.
Seu dom.
Saudades de momentos que nunca tive, saudades de um futuro que ainda não veio.
Seu dom.

E seu dom virou minha cabeça, tirou minha paz.
E seu dom é o meu desejo, é minha vontade.
E seu dom é virou minha busca, virou minha paz.

Vontade que hipnotiza, vontade de uma realidade inexistente.
Seu dom.
Vontade que me faz sorrir, vontade de ter de volta aquele dia que ainda não veio.
Seu dom.
Vontade de me fazer sentir assim, vontade de ter o futuro no presente pra sempre.
Seu dom.

E seu dom me fez isso.
Palavras que tem vontade de uma saudade.

O que você pensaria de mim?

O que você pensaria de mim se eu dissesse que te amei?
O que você pensaria de mim se eu te dissesse que hoje eu me odeio por isso?
O que você pensaria de mim se eu te dissesse que ontem eu te amava mais do que hoje?
O que você pensaria de mim se eu te dissesse que sou capaz de arruinar seus sonhos em um segundo?
O que você pensaria de mim se eu te dissesse que você foi a parte que me faltou, mas ela não encaixou?

Você já pensou no quão rápido as coisas mudam?
Atitudes assumiram o controle e ultrapassaram sua significância pra mim.
Você já pensou no quão forte eu tive que ser?
Enquanto você sorria, se divertia, e fingia ser o que nunca fomos.
Você já pensou em quão medíocre essa situação é?
Ainda bem que afundou, morreu, enterrou, acabou, sumiu, nunca existiu.

terça-feira, 14 de junho de 2011

De bandeja.

De que adiantou essa hora de reclusão,
Essa realidade inventada?
Colocar minha imaginação pra funcionar,
Só faz piorar.

De que adiantou planejar tudo,
Esse quadro inexistente?
Colocar minha esperança na bandeja,
Só faz piorar.

Quanto tudo acabar
A realidade vai machucar.
Quanto tudo voltar ao normal
A bandeja será entregue.
Minha cabeça nela.
Minha mente nela.
Meu coração nela.

O destinatário?
Pra que falar?
Só faz piorar.

A conclusão?
Pra que se lamentar?
Se amanhã farei tudo de novo.

sábado, 11 de junho de 2011

Amar, amor, amar.

         Engraçado como estamos cercados por um só sentimento. Poderíamos definir tudo com uma só palavra: amor. Se formos à fundo no sentido de cada coisa, chegaremos sempre à ele, essa palavrinha tão pequena, quatro letras, duas sílabas, e tanto conteúdo, tanto significado, infinitos até eu diria.
       
         De um modo mais geral e de maior entendimento, se prestarmos atenção no dia-a-dia lá vamos encontrar muito amor. De manhã, quando eu saio de casa, uma das primeiras coisas que eu faço é ouvir música pra aguentar minha epopeia diária. E pra qualquer música que eu coloque, lá está a temática em comum. Amor, amor e amor. Seja amor não correspondido, amor perdido, amor ainda não encontrado, amor traído, é tudo simplesmente amor.
Mais tarde, já em casa, eu ligo a televisão e qualquer programa passando nos remete ao amor. Novelas estão fartas de tanto amor, as mesmas tramas, as mesmas tentativas de imitar a realidade, as mesmas cenas... Tudo por um amor impossível, um amor proibido.
         
          As relações humanas, tão frágeis, tão superficiais são movidas por amor. Seja em um ‘bom dia’ pro vizinho, seja em um beijo de ‘boa noite’ que minha mãe me dá. Qual a maior razão do mau-humor? Amor. Seja por uma briga, um desentendimento, uma decepção, que seja... Sempre haverá uma pessoa ou um objeto amado envolvido. O dia acaba se algo ferir o intocável amor. E ainda é tão difícil definirmos esse sentimento inexplicável. E ainda é tão difícil confessarmos essa sorte.
         
          Por que todas as vezes que nos apaixonamos negamos? Relutamos até o fim para que não seja verdade, que seja passageiro. Fingimos não ligar, tentamos parecer indiferentes... Mas por quê? O ser humano insiste em tentar afastar o que une!
Por que todas as vezes que nos apaixonamos não queremos que ninguém saiba? Amor é cercado de mistério e não deveria ser cercado de segredo. Deixar transparecer é mostrar vida, é exalar felicidade, tentar esconder só pioram as coisas, parece que fica estampado na cara, não tem como negar.
         
          Claro, amar faz sofrer, ô se faz, mas talvez isso só aconteça pelas falhas humanas em tentar abafar, tentar consertar o que jamais vai funcionar. Se fôssemos honestos com nós mesmos, seríamos capazes de ser com o outro, seja ele a criatura amada ou não.
Essa situação me lembra criancinhas da primeira série com suas primeiras paixonites, suas primeiras experiências, que em 99% se tornam frustradas. Recordando a minha infância quase inexistente, me vejo na primeira série, pensando que era gente, e suspirando por um carinha bonitinho da minha sala. Só eu e meu diário sabíamos, parece que com o passar do tempo não pude me conter e contei à uma amiguinha, pedi segredo absoluto, ninguém podia saber. No dia seguinte, a sala toda sabia, inclusive ele. E isso destruiu uma amizade. Isso destruiu minha paixonite, isso destruiu minha primeira inocente tentativa de amar.
         
          Poetas consagrados, músicos ilustres, atores premiados, todos, eu disse todos, tem uma inspiração. Seja ela um cachorro, um carro, um ideal, lá está o amor.

Choramos de felicidade por amor, choramos de tristeza por amor, viemos à Terra por amor, amor de Deus, amor das moléculas que se uniram, amor dos nossos pais...

Fazemos loucuras por amor, fazemos burradas por amor, fazemos o que não queremos por amor, amamos nos acabar de amar, alguns até amam sofrer de amor...

Nos matamos por amor, nos matamos de amor, amar até o último suspiro, amar ao ponto de prometer perante Deus que vamos respeitar e cuidar até o fim...

Punimos à nós mesmos por amor, nos esforçamos por amor, brigamos por amor, somos capazes de amar um defeito por amor, nos cegamos por amor, nos fazemos de bobos por amor, revemos conceitos por amor, nos mobilizamos por amor...

Fazemos guerra em nome do amor, tramamos por amor, nos vingamos por amor, nos sacrificamos por amor, desejamos mais o bem dos outros e esquecemos o nosso por amor, apostamos tudo por amor, podemos até perder tudo, mas não abrimos mão do amor..

Somos felizes por amor, abrimos um sorriso por amor, fechamos a cara por amor, idealizamos por amor, desejamos por amor, inventamos coisas por amor, amamos sem razão, amamos o que não deveríamos amar...

Mudamos por amor, negamos por amor, mentimos por amor, confessamos por amor, odiamos por amar demais, odiamos por amar, odiamos por amor. Amamos por simplesmente amar.
          
          Com todos os defeitos, com todas as dificuldades, ainda amamos... E por quê? É inevitável? É necessário? Não sei, ninguém sabe. Mas é único, mágico, intenso, irreversível, incontrolável, simplesmente amável, isso ninguém vai negar.

Amei, amor, amei...
Amava, amor, amava....
Amo, amor, amo!
Ame, amor, ame!
Amaria, amor, amaria.
Amarei, amor, amaria.
Amor, amar, amor...
Amar, amor amar....

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Nada de nada.

Se um desejo eu tivesse.
Se um único pedido me fosse concedido.
Precisaria responder qual seria?
Precisaria fazer falar em voz alta o coração?

Se uma vontade eu pudesse sanar.
Se uma única chance de escolher me fosse dada.
Precisaria pensar em qual seria?
Precisaria fazer esforço?

Nada calaria,
Nada deteria,
Nada faltaria,
Nada necessitaria,
Nada nem ninguém.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Relações e motivos.

A razão disso tudo está na falta dela.
Não acho motivos pra tanto alarde.
Não me importo com eles,
O que me fizeram sentir
Ultrapassa qualquer curiosidade
Além dessa sua.

Inverno primaveril?
Realidades inventadas,
Que eu tanto busco
Para experimentar
E no dia seguinte
Acordar feliz, sorrindo.

O motivo disso tudo é tão elíptico
Quanto explícito.
É tão desconhecido como
A arte de viver.
É tão bonito e tão simples
Como as leis astronômicas.

Verão frio?
Distancias agravadas,
Que eu tanto tento
Para diminuí-las,
E no dia seguinte
Amargar derrotada.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Mágico de Oz.

Mais um dia, mas esse é diferente. Me olho no espelho e não me vejo.
Esfrego os olhos, e ainda nada vejo. Preocupo-me.
Olho novamente e dessa vez vejo. Vejo outra pessoa.
Não sou eu. Não me lembro de ser assim:
Profunda, confusa, indecisa, caótica, pensativa...
Ontem não estava assim. Era diferente.
Engano-me? Sonho? O que acontece comigo?
Ontem eu estava rasa, certa, determinada, tranquila, oca.

Ontem me olhei no espelho e vi uma armadura.
Tão centrada, segura, brilhante, armada, dura, pronta.
Hoje me olho no mesmo espelho e vejo um rosto humano.
Tão desfocado, inseguro, pálido, derrotado, frágil, alvo.
Mas o que acontece comigo?

Ontem eu não tinha coração, hoje eu tenho dois.
Um meu e um seu.
Ontem eu tinha armas, hoje eu tenho sentimentos.
Um de desejo outro de repulsa.
Ontem eu tinha planos, hoje perdi todos aqueles.
Renovei-os.
Ontem eu não tinha ninguém, hoje eu tenho.
Você.

Ontem eu era ferro, hoje eu sou pó.
Ontem eu era minha, hoje eu sou sua.

Problemática ?

          Refletindo sobre tudo isso e colocando os pés no chão me vem a questão: Como vão ser as coisas depois de tudo? Amores, flores, palavras, suspiros. Isso até agora. Mas e depois? Falando por mim, eu não quero perder a raridade que eu achei, mas como mantê-la sem vê-la?
          Não posso ignorar que nunca me dei bem com números, e esse pequeno problema traumático me assombra até nos quesitos mais inesperados. Eles não estão ao meu favor dessa vez, mais uma vez. As pessoas dizem que a situação é impossível que é batata: apodrece, estraga, congela, desfalece em pouquíssimo tempo. Confesso que eu também achava e dizia a mesma coisa, mas com essa novidade à minha porta precisei rever meus conceitos. Eu sei que não vivenciei, mas me imagino nela. Podo estar surtando, eu sei, mas isso é uma coisa que eu SEMPRE faço. Sou eu, a pateta sonhadora, aquela que ainda não aprendeu que tudo com o que ela imagina não acontece.
          Que seja, é uma questão a se debater. Sou eu capaz disso? Eu, insegura, previsível e preocupada sou capaz de manter algo como isso? Ter tão pouco do que tanto almejo ter por cada segundo? Experiências anteriores me fizeram ver que eu sou tão fácil de se apegar que até eu me surpreendi. E ai? Me apegar e deixar pra trás? Como? A problemática de poder contar nos dedos quantas vezes vou contemplar o objeto querido já me faz sofrer por antecipação. Oimoi!
          Abrir mão sem tentar é algo que não é do meu feitio, abdicar-me por uma liberdade alheia sendo que eu não vou ter a mesma coisa por neurônios que me perturbam eu também não vou fazer. Apenas se for o desejo oposto. Ô novela mexicana essa a minha vida. Outro defeito: achar que esmola demais é pra se desconfiar, eu me detesto por isso. Meu lado irracional tem vontade de bater no meu lado racional, olho o resultado da mega-sena e confiro o meu jogo: falta um número pra ganhar e eu ainda acho perigoso o coração acelerar. Nessas horas queria ter um Édipo pra decifrar a minha esfinge.
          Voltando à problemática: seja o que Deus quiser? É isso que eu sempre digo que vou fazer, mas os meus amiguinhos neurônios não me deixam em paz. O que sei é que vale a pena correr qualquer risco, já digo: Alanna, já era faz tempo. Derrotada confessa. Perdi feíssimo pra você. Meus defeitos me acompanham, mas o que resta já não é mais meu.
E a cada dia que passa eu acredito cada vez mais, eu me distancio cada vez mais da palavra ‘problemática’ pra palavra ‘solução’.

domingo, 5 de junho de 2011

Apesar.

Mas apesar dos pesares,
Essa é a parte boa do presente momento.
Seja longe, seja mais longe ainda.
Você consegue ficar aqui.

Mas apesar de tudo,
Você é a parte boa disso tudo ao que me resumo.
Seja discreto, seja incorreto.
Você consegue mexer com tudo aqui.

Mas apesar de não estar aqui,
Eu não consigo deixar de pensar.
Seja imagem, seja palavra.
Você consegue me deixar assim.

Foi assim depois de tudo.

Foi impulso.
Foi puro impulso.
Mas foi significante o suficiente pra mim.

Foi tarde demais.
Foi vingancinha boba.
Mas ela foi descoberta tarde demais por mim.

Depois de tudo, eu vi o quão significativo você foi.
Depois de tudo, eu ainda me pergunto o que você significa pra mim.
Parece que tinha que acontecer, nem parece que aconteceu.

Hoje eu olho e me arrependo?
De ter sido impulso?
De ter sido?
De ter sido como foi?

Já não importa mais.
Já foi, já significa o bastante pra mim.
Já virou incógnita, cicatriz, amizade.

Era pra ser assim, e será assim,
Só me importa saber se você sabe o quanto significa pra mim.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

O que me faz lembrar.

Acordes, recortes.
Frases, palavras.
Virgulas e pontos.
Tudo me faz lembrar você.

Silêncio, barulho.
Claridade e escuridão.
Aspas e interrogações.
Tudo me questiona sobre você.

Cores, sabores.
Ar, vácuo.
Diferenças e semelhanças.
Tudo me faz transporta pra você.

Ausência, presença.
Voz, vez.
Coração e mente.
Tudo gira em torno de você.

Todas aquelas coisas engraçadas.

Aquelas minhas antigas privações já nem me afetam mais.
Curei-me.
Aquela minha nova filosofia já nem funciona mais.
Faliu.
Minha postura indiferente, cruel, fria nem cola mais.
Desmoronou.

Tudo o que doía antes, hoje me abre novas possibilidades.
Engraçado como o tempo ajeita,
Engraçado como o tempo apaga,
Engraçado como ele renova!

Tudo o que eu temia antes, hoje me faz rir da infantilidade.
A vida faz viver,
A vida faz aprender,
A vida faz nova vida!

Tudo o que eu era antes, faliu, se manteve, se renovou, se mudou...
Tudo o que eu pensava antes se apagou, se curvou, se acentuou...
Tudo o que eu sentia antes se renovou, me fortaleceu, me mudou.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Steps.

Step one: Stay on until late.
Step two: Do something crazy.
Step tree: Regret doing it.
Step four: Forget about it.
Step five: He contacts you.
Step six: You answer.
Step seven: You wonder.
Step eight: He remembers you.
Step nine: Two people speaking.
Step ten: Destiny.
Step eleven: Infatuation.
Step twelve: You starts thinking about him.
Step thirteen: He does the same.
Step fourteen: You are scary.
Step fifteen: You know what’s happening.
Step sixteen: You deny it.
Step seventeen: You laugh about it.
Step eighteen: You can’t stop speaking about it.
Step nineteen: He leaves you act less.
Step twenty: He does it frequently.
Step twenty-one: You laugh for every single word he says.
Step twenty-two: You search his life.
Step twenty-tree: He does the same.
Step twenty-four: He calls you with nicknames.
Step twenty-five: It’s already a routine.
Step twenty-six: It’s almost two in the morning and you haven’t seen time passing.
Step twenty-seven: You were talking with him.
Step twenty-eight: You miss classes.
Step twenty-nine: You are counting seconds.
Step twenty-nine: Your brain in not working well.
Step I don’t know: You confess all of that to him.
Step I don’t mind: He says he’s the same.
Step fuck it: You’re in love.

Novo espetáculo no mesmo palco.

Cada palavra possuía
tanta verdade.
Impregnada em cada sílaba
estava a saudade.

Tantos momentos estavam bem ali,
momentos que já não cabiam mais.
E 'ali', então, se transformava
em um palco para novo espetáculo sagaz.

Novos atores e novas cenas,
o sentimento era o mesmo, apenas.

Aquilo que antes era maior que ela,
agora era maior que eu.
E tudo o que fora dela,
agora era meu.

E dentre tudo o que se move,
agora era minha vez,
de ser a fool in love.

(Rafaela Lopes Alves, aquela linda mijona.)

Ar.

Meu resumo é esperar,
Minha atividade é dedicar,
Meu passatempo é pensar.
Ar.

Minhas palavras me comandam,
Minha dedicatória já deixou de impactar,
Meu pensamento me guia.
Ar.

Meu comando é pensar,
Meu impacto é pensar,
Meu guia é pensar.
Ar.

Nunca, sempre, eu, você. Não necessariamente nessa ordem.

Nunca acreditei em destino, nunca desconfiei do correto, do concreto.
Parei pra pensar em como as coisas acontecem por um propósito.
Nascimento, geografia.
Nunca me desfiz de hábitos antigos, nunca me libertei de velhos tabus.
Parei pra pensar em como a vida nos faz mudar.
Livros, magia.
Sempre torci para o melhor acontecer em tudo, sempre lutei e fui até o fim.
Parei pra pensar que algumas coisas tem que dar errado para outras darem certo.
Passado, futuro.
Sempre me perguntei se havia algo de errado comigo, nunca achei respostas.
Parei pra pensar e percebi que essa sou eu.
Parei de pensar nas coisas, decidi viver, decidi esquecer e não procurar por nada.
Achei, pensei.
Nunca é muito tempo, sempre é tempo demais, parar é desnecessário, pensar é consequência.
Eu, você.

Milhares de vezes você.

Milhares de vezes
Eu me neguei.
Eu me ceguei.
Eu me proibi.

Milhares de vezes
Eu me enganei.
Eu me perdi.
Eu me traí.

Milhares de vezes
Eu vou me enganar,
Eu vou me esconder,
E você vai me achar.

E você vai me achar,
Vai me fazer me perder,
Vai me fazer me trair.

E você vai me achar
Vai me fazer sentir,
E vai me fazer feliz.

E vai me fazer ver
O quanto vale a pena
Me perder,
Me trair...
Se for por você.