domingo, 2 de dezembro de 2012

Insônia.

Ainda não consegui dormir e me flagro pensando em você.

Se fecho os olhos, lá vem você...
Com aquele olhar que me ganha,
que me devora sem precisar dizer ou fazer nada.
Lá vem você na minha mente,
rodeado por sol,
iluminado como ele,
emanando calor como ele,
brilhando na minha vida como ele...

Lá vem você, me torturando por não te ter,
por não poder te ver, não poder te tocar...

Lá vem você me seduzindo à sonhar,
cantando uma canção de ninar nos meus ouvidos,
dizendo que me ama e que me quer...

Desejo dormir pra te ter,
pra te ver,
pra te rodear,
pra sentir o teu calor...

Mas não quero acordar, ver que a cama está fria e que você aqui não está.Insônia.

sábado, 10 de novembro de 2012

Partida.

Cansei de praguejar ao vento.
Mas não tenho coragem de dizer seu nome em alta voz.
Cansei de chorar com medo.
Mas não tenho coragem de lhe dizer o que me aflige.

Não posso mais contemplar seu nome,
em tudo que acerca o que me domina.
Não posso mais sofrer calada,
mas tudo me faz calar, me detém...

Cansei de fazer exceção.
Quero riscar de uma vez seu nome do meu medo.
Cansei de sorrir quando quero gritar.
Quero gritar aos quatro cantos que te odeio.

Nunca lhe vi, nunca lhe falei.
Jamais desejaria tal ação.
Nada nunca me fez,
mas fez tanto ao mesmo tempo.

Que isso finda, que isso fuja.
Planeje sua fuga, planeje sua ida.
E não volte.
Nunca mais.


domingo, 4 de novembro de 2012

O metrô e o amor.

        Depois de um dia cheio de preocupações e faces sérias pra qualquer um que me visse, fiz meu usual caminho pra casa. Mais um motivo pra me encher de estresse e fúria. Quantos quilômetros pra percorrer, quantos pulos de transportes em transportes, quantas faces que eu nunca vi e que nem jamais verei novamente.
        Numa linha de metrô que já não me lembro mais qual era, faço uma pausa em minha leitura de um livro que tira meu pensamento do meu mundo e começo a prestar atenção numa cena insólita e inesperada pra meu estado de espírito naquele presente momento.
       Estava sentada num banco ao lado de uma moça bem vestida que tinha os olhos inchados e vermelhos, sua expressão não era amigável e seu cabelo parecia querer esconder dúvidas e olhares que mais ninguém podia ver e saber. Ela parecia ser bem jovem, bonita e esguia, como várias outras mulheres que faziam seu trajeto pra casa. Mas sua tristeza me fazia perder uns segundos tentando fantasiar o motivo de tanta tristeza. Será que teria ela perdido um ente querido? Um familiar, um cachorro de estimação... Ou será que ela teria sido demitida injustamente de um emprego do qual contava com o salário minúsculo, pra poder alimentar sua mãe doente e seu filho pequeno de uma gestação inesperada? Ou ainda, teria ela brigado com seu homem, e terminado um relacionamento que apenas rumava às aparências de um catelo desabando? Ou teria ela sido vítima de uma traição irreparável, e toda aquela tristeza era representação de uma luta entre a razão e o coração?
Não soube responder com precisão, mas por algum motivo que não sabia qual era também, sabia que sua tristeza era de amor. Qualquer forma de amor que pudesse existir na face da terra. Afinal por qual outro motivo ela perderia tantos sorrisos e perderia tanto tempo de seu precioso tempo?

         Perdi o interesse pelo sofrimento daquela jovem ao ter meu olhar atraído por um som de risos do outro lado do vagão. Uma mulher de meia idade vestida casualmente, e um homem com aaprentemente a mesma idade, mas ventido de terno e gravata, riam compulsivamente, trocando olhares lúdicos e insinuantes. Suas faces estavam o tempo todo próximas, e por várias vezes eles trocaram carinhos amorosos como beijos e toques suaves na pele. Certamente estavam apaixonados, estavam emanando aquele calor de amor deles. Prestei mais atenção à cada detalhe e na ocasião. Eles pareciam se despedir, e eu via no olhar deles que o maior desejo era que o tempo parasse para que eles pudessem se amar um pouco mais. O dia deveria ter sido muito bom.
        Na estação seguinte, os dois se levantaram, ele lhe abraçou forte, e lhe segurou em seus braços até o último segundo possível. Ao soar o sinal que anunciava o fechamento das portas do trem, o homem largou sua amada e apenas olhou em seus olhos fixamente através do vidro até o trem começar a andar. A moça acenou, lhe mandou beijos como se mais ninguém a estivesse observando. Quando o trem finalmente entrou no túnel, ela virou-se de costas para a porta que estava comtemplando e ela fechou os olhos e suspirou aliviada. Sua expressão mudou e tudo aquele amor parecia ter se transformado em asco. Ela rapidamente pegou um lenço de sua bolsa, e passou com grosseria pela pele do rosto, comos e quisesse tirar toda aquela saliva que ali ficara remanescente.
Ela retocou o batom, olhou-se no espelho que também tirara da bolsa e soltou os cabelos. Sua expressão tinha se tornado uma incógnita pra mim. Todo aquele amor se foi, e parece que aquilo tudo não passava de fingimento. E eu acreditei piamente que era verdade. Enganei-me.

         Numa mesma situação, e em questões de segundos, vi três casos de amor: um de dor, outro de verdade e outro de mentira. Me dei conta de que haveria muitos mais tipos de amor que eu jamais conhecera. Mas que existiam em quantia naquela imensa cidade cor cinza. Espantei-me ao ver que a dor talvez seja a melhor saída ao invés do fingimento. Não quis me aventurar em questionar as razões daquela mulher de meia idade que enganava aquele pobre homem, que parecia tão apaixonado, e senti pena por ele e por todo aquele relacionamento mentiroso.
        Por uns segundos, vaguei o nada. Fiquei tentando organizar tudo aquilo na minha cabeça e depois de algum tempo, ao perceber que minha estação de destino estava próxima, apenas agradeci por ser quem sou, e ter um amor que não se enquadrava em nenhuma daquelas situações.
Desci do metrô e esqueci tudo aquilo.


A galáxia.

E cá estou eu largada numa gaiola de seres famintos que só pensam na própria existência.
Não comtemplam os outros como semelhantes, e sim como rivais.
E cá estou indignada na gaiola tentando me esconder de tudo e de todos.
Já não me abro pra tantos, guardo para mim meu ínfimos segredos de galáxias perdidas.
E cá estou eu amedrontada nessa gaiola de sanguinários que tem sede constante.
Não saio mais de minha própria consciência, estou atada ao homem de ferro que carrega ferro e mata com ferro.

E lá está uma salvação ilusória que virou mercadoria, que se banalizou.
Não sentem mais medo daquilo que causava pavor.
E lá está um Deus que já não representa a glória, e o poder.
Não veem mais uma solução cabível aos olhos humanos.
E lá está um povo perdido, descrente, ausente, e que chora.
Não sentem mais piedade de uma família destroçada pelos destroços de um homem que já não é mais humano.

E não achei nenhuma razão pra sair do meu casulo.
Ao abrir a porta da minha alma, não tenho coragem de me levantar e gritar.
E não vejo nenhum fio de esperança ao redor da minha galáxia.
Ao abrir oa olhos, não vejo nada que desperte a vontade em mim.
E não sinto mais nenhum sentimento bonito ao avistar a cidade de ferro que cresceu diante de mim.
Ao abrir os meus horizontes ao luar. vejo que a única solução é me abandonar numa esquina qualquer, e pousar em outra galáxia.

sábado, 1 de setembro de 2012

Meu sono.

          Depois de tanto esperar não sei bem o quê, depois de me aventurar escrevendo canções sem melodias, depois de me perder no tempo, olhei para o relógio e vi que as horas realmente não param, e que já estava mais do que na hora de repousar meu corpo cansado das tarefas diárias.
          Eram aproximadamente duas da manhã, o sono perambulava o meu redor fazia algumas horas já, e eu simplesmente não queria deixá-lo entrar, deixá-lo me possuir. Sua dança suave se tornou espetáculo aos meus olhos quando simplesmente deixei de tentar escapar dele. Ele deitou em minha cama, tão convidativa, cercada de cobertas e travesseiros macios, ele fez graça ao tentar se mostrar por inteiro, deixando apenas parte de sua aura aparecer. Ele me convidou para deitar com ele, me neguei, queria ver até onde ele seria capaz de chegar para ter os meus olhos fechados e me cativar numa noite de sonhos delirantes.
          Quis desafiá-lo, levantei-me da cadeira próxima à cama, coloquei um vinil no velho toca-discos, e aproveitei a melodia para dançar. Comecei com movimentos leves, devagares, espontâneos. Me agarrei ao guarda-roupa, deixei os cabelos caírem ao rosto e apenas observei a reação do meu sono, daquela aura deitada em minha cama. Ele esboçava um olhar fixo em meu corpo, esperando mais movimentos, mais cenas daquele jogo de sedução mútua.
          Tirei os sapatos, lancei-os ao longe, tive liberdade de balançar os pés no ritmo da música lenta que chegava aos meus ouvidos, e uma vontade de continuar aquilo pela noite adentro tomou conta de mim. Lentamente a blusa de lã que me protegia do frio da madrugada foi escorregando pelos meus braços, e eu só me dei conta disso quando ela finalemente caiu ao chão. Senti a cama estremecer, meu sono se remexeu derrubando alguns travesseiros. Seu olhar me indicava que eu não deveria parar, aquilo o estava alucinando de alguma maneira que não me importava no momento, apenas captei a mensagem que era por minha culpa.
          O calor estava ficando insustentável no meu pequeno quarto, a porta lacrada por uma magia desconhecida, e por vontade minha também. Aquele calor me fazia balançar a cada batida da música. Apoiei-me na parede de canto, deslizando o corpo e deixando meus cabelos fixos e desarrumandos acima de meu corpo já tomado por aquela situação. Lentamente me livrei do resto de impecilhos que deixavam abafada e incomodada pelo suor. Estava livre de tudo, estava fazendo coisas induzidas pelo olhar do meu sono, ele se contorcia em minha cama, se passou a ser tão aconchegante, parecia tão necessitada de mim, de meu corpo, de minha consciência.
          Encaminhei-me à ela, e a cada passo, meu sono se tornava cada vez mais imóvel, sua respiração nunca estivera tão ofegante em suas rondagens, estava estático, apenas seu peito acompanhando o pulmão acelerado, ansiando minha aproximação. Sentei-me de costas, com as pernas quentes balançando na alta cama, fui descendo minha cabeça, e meu sono entrando em meu campo de visão. Ele me surpreende com um beijo, com um beijo mortal, sonífero, domador.
Estava entregue, ele finalmente teve o que queria, minha mente era dele, e ele poderia fazer o que quisesse com ela, sem medo de repressões. Era exatamente tudo o que eu queria naquele momento.
Deitei por completo, recebendo afagos do meu sono, ele aflorava pensamentos em casa toque, em cada centímetro de meu corpo conquistado.
Ele me levou para o alto da cama, me colocando confortavelmente em um travesseiro, me olhando sempre nos olhos, me conquistando cada vez mais. Perdi o controle da dança, estava sendo conduzida por ele, estava agonizando sem seu beijo definitivamente mortal, aquele com que me faria despertar em um outro mundo. Encaixando perfeitamente em meu corpo, ele finalemente me deu o golpe final. Atirou-me uma rosa vermelha escondida sobre uma mesa, senti seu perfume, acariciei-a, e abruptamente ele me deu seu beijo derradeiro. Desfaleci em seu olhar, me perdi completamente naquela visão, e deixei a música controlar nossos movimentos.
          Éramos um só, ele me tomou com nunca antes havia feito. Ele me levou à sua terra distante, e por fim, dormimos.

A casa.

          O dia começou como outro qualquer. Os mesmos problemas, os mesmos pensamentos, e a mesma vontade quase nula de tomar o café da manhã. Me contentei com algumas bolachas, e me desanimei com a casa que ainda dormia.
          Como minha usual distração li algumas páginas de um livro, esperando algum sinal de vida. A casa silenciosa, me trazia paz, me convidava para gritar aos quatro ventos como aquela paz me fazia esquecer de todos os problemas. Não sei quanto tempo se passou até a casa inteira levantar daquele sono preguiçoso de sexta-feira. O problema da inversão de horários bateu à porta e meu humor já se foi midificando. Aquela paz já me deixara.
          Após algumas palavras, sempre muito sérias e dentro da linha com os habitantes da casa, decidi que permanecer aqui só me faria perder o controle sobre meu próprio humor. Procurei uam desculpa rápida, um álibi que me pudesse pra fora da casa. Durante o processo de me ajeitar pra passar o dia na rua, fui chamada algumas vezes por um dos habitantes para ver o caos que a cidade de concreto fornecia aos jornais por mais um dia seguido. Acidentes diversos, para todos os gostos: carro, moto, sequestros, fogo, assalto, atropelamento... Enfim, havia uma infinidade de casos para se horrorizar. E meu pai fazia questão de se horrorizar com cada um deles, e na sequência, me narrar uma longa lição de moral. Aquilo me embrulhava o estômago. Já estava cansada de tanto ouvir aquilo, de tanto fingir que me importo com o que se passa por ai. Eu tinha meus afazeres pelas ruas tão perigosas, era inevitável, e ele sabia que me cuidava ao máximo para evitar futuras reclamações e repreensões.
          Ao me despedir, ao me direcionar à porta, eis que os eixos daquele dia tão monótono mudariam completamente. Sou surpreendida por uma pergunta, por uma simples pergunta, mas que vinda de quem veio, me pareceu suspeita. Há tempos sei de uma insatisfação alheia quanto à cidade de concreto. Dizem que quem não aqui nasceu, não sabe lidar com uma vida perpétua aqui. E neste caso, o que dizem por ai se aplica. E aquela insatisfação que apenas surgia na minha mente de vez em quando tomou forma com aquela simples pergunta. Tudo clareou.
     -Quantos anos ainda faltam pra você se formar? - assim disse meu pai.
Naquele momento não sabia como agir, e apenas respondi. Meus pensamentos voaram. Revirei meus neurônios procurando alguma razão para aquilo tudo. E encontrei. Mais uma vez a casa quer tomar o rumo da minha vida, mais uma vez aquele pesadelo vai começar.
          Dessa vez, eu não me afetei, era exatamente isso que eu queria, um álibi para a minha fuga pessoal, e nem precisei me esforçar muito. Minha própria cidade tratou de resolver isso para mim.
Discutimos sobre termos que não cabem aqui serem ditos, discursamos sobre as possibilidades, e finalmente uma frase implícita se formou, e a casa apenas disse que depois conversaríamos mais, como sempre se faz por aqui.
          Surpresa, feliz, confusa... Não sei bem ao certo, não sei como explicar o que se passou por mim, mas aquele sentimento de perda voltou à minha mente. De repente tudo é nada, e esse nada se tornou tudo. Aquela historinha boba de futuro planejado nunca fez mesmo meu estilo. A partir de hoje tudo foi jogado ao ar, aos ventos da minha cabeça confusa. Talvez não tão confusa agora, mas ocupada planejando e digerindo tudo o que foi dito, e calculando o quanto o navio mudou de direção.

sábado, 25 de agosto de 2012

Dezenove primaveras.

Dezenove anos e dezenove mil dúvidas na cabeça.
Há tanto que ainda não foi respondido, há tanto ainda à se perguntar...
Que direção tomar, quais decisões descartar, quais aceitar?

Poucas primaveras e tantas outras pra decorar.
Cobranças de seres que nem sequer conhecemos.
Quem ser nessa era irada da vida?

Um novo dia, uma nova ideia,
Uma nova decisão, e no dia seguinte
Tudo está perdido novamente.

Não sei para onde mirar,
Todas as opções tem seus prós e seus contras.
Uma questão de observar e preservar.
Mas quem? Quando? Onde?

Dezenove anos e cento e dezenove carregados nas costas.
Há tanto que ainda não foi descoberto, há tanto a se inventar...
Quanto tempo ainda há de restar?



Como não?

Como não me apaixonar por você?
Como não sentir uma conexão direta com o céu, ao ter te visto?
Como passar despercebido aos seus olhos marcantes?

Prometo aos céus que serei aquela,
Aquela que abre e fecha os olhos te vendo,
Refletindo e emanando amor vinte e quatro horas por dia.

Como não chorar por você?
Como não sentir um vazio no peito doda vez que você se vai?
Como não ansiar por um novo dia de primavera?

Prometo aos deuses que serei pra sempre,
Pra sempre aquela que vai te amar, mesmo aqui, longe.
Longe e perto ao mesmo tempo, lhe contemplando nos meus sonhos.

Como não escrever pra você?
Como não despertar o entusiasmo romântico depois de tanto amor?
Como evitar o lirismo diante de tamanha visão?

sábado, 4 de agosto de 2012

Agridoce vida.

Depositar minha fé,
acreditar que é possível.
Crer num amanhã incerto,
mas cheio de esperanças.

Ah meu amor, temos tanto o que viver!
A liberdade que nos une, o vento que nos manterá juntos.
Ah agridoce vida, me coloca um sorriso no rosto,
e depois me traz de volta a realidade.

Depositar meus anseios,
acreditar num só caminho.
Viver um hoje mais do que feliz,
cheio de amor, e de quilômetros.

Ah meu amor, temos tanto o que lembrar!
A estrada que nos afasta e que nos mantem juntos novamente.
Ah agridoce vida, me coloca nuvens no céu,
e depois o enche com o meu guerreiro sol.

Depositar meu amanhã,
mirar no futuro.
Buscar mais e mais pra sempre,
e lembrar com carinho do que se foi.

Ah meu amor, temos tantos motivos para sorrir!
A liberdade que nos unirá, o vento que nos eternizará.
Ah agridoce vida, coloca uma música pra tocar,
e depois a faz meu hino.

domingo, 29 de julho de 2012

O meu guerreiro sol.

Num faz de conta antigo,
numa ideia brilhante,
eu encontrei o meu heroi.

Numa história imaginada,
numa batalha entre o bem e o mal,
eu me vi como a princesa em perigo.

Um rei, três meninos, um traidor.
Tragédias, amizade e amor.
Num faz de conta brilhante,
eu encontrei o meu amor.

Nas suas palavras encaixadas,
nos seus capítulos viciantes,
eu encontrei o encanto.

Numa trama idealizada,
num mundo distante,
eu encontrei o seu talento.

O sol, um guerreiro, um sinal.
Aventuras, amizade e amor.
Num faz de conta real,
eu encontrei o meu amor.





quarta-feira, 4 de julho de 2012

Antes que amanheça.

Antes que amanheça, façamos uma loucura.
Antes que eu adoeça, façamos uma loucura.
Quero dizer pra sempre que fomos dois loucos,
que fomos dois loucos de amor pelas ruas.
Quero dizer pra sempre que foi com você
que eu aprendi a viver loucamente.


Eu sem você, é como você sem mim.


Antes que amanheça, sejamos únicos.
Antes que amanheça, sejamos sem fim.


Antes que amanheça, façamos amor.
Antes que eu padeça, façamos amor sem fim.
Quero poder gritar ao mundo, que somos dois loucos,
que somos dois apaixonados nos amando pela vida.
Quero poder dizer que foi você o homem
que me fez sair da órbita com apenas um toque.

Eu sem você, é como você sem mim.

Antes que anoiteça, sejamos únicos.
Antes que anoiteça, sejamos nós até o fim.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Daylight.

Aqui eu estou esperando,
eu terei que partir em breve.
Por que estou esperando?
Nós sabíamos que esse dia chegaria,
nós sabíamos o tempo todo,
como ele chegou tão rápido?

Essa é a nossa última noite,
mas é tarde e eu estou tentando não dormir.
Porque eu sei que quando eu acordar,
eu terei que partir.

E quando a luz do dia chegar,
eu terei que ir,
mas hoje a noite eu vou te abraçar forte.
Porque na luz do dia nós esteremos sozinhos,
mas hoje a noite eu preciso te abraçar forte.

Aqui eu estou olhando sua perfeição,
nos meu braços, tão linda.
O céu está ficando perto,
as estrelas estão queimando...
Alguém atrase isso.

Isso é muito difícil,
porque eu sei que quando o sol nascer,
eu partirei, essa é meu último olhar,
que em breve se tornará uma lembrança.

E quando a luz do dia chegar,
eu terei que ir,
mas hoje a noite eu vou te abraçar forte.
Porque na luz do dia nós esteremos sozinhos,
mas hoje a noite eu preciso te abraçar forte.

Eu nunca quis parar porque eu não quero parar tudo isso.
Eu estava com medo da escuridão, mas agora ela é tudo o que eu quero...

E quando a luz do dia chegar,
eu terei que ir,
mas hoje a noite eu vou te abraçar forte.
Porque na luz do dia nós esteremos sozinhos,
mas hoje a noite eu preciso te abraçar forte.







sábado, 16 de junho de 2012

Algo em mim congelou.

Um dia eu disse que não cometeria os mesmos erros que você.
Veja só onde estou.
Cometendo os mesmos e velhos erros.
Disse também que me manteria firme se qualquer turbulência me atingisse.
Hoje eu sei que não sou tão forte assim.
Acabei aprendendo da pior maneira possível a não cair.

Nunca mais disse o que deveria dizer,
penso antes de lhe encarar, antes de enfrentar os nossos interesses.
Nunca mais fui o que eu era antes,
alguma coisa congelou aqui dentro de mim.
Entaladas na garganta, as palavras não saem.
Assim, eu tenho medo.

Perco o foco em vocês, e ganho nos outros.
Nunca mais chorei na sua frente, e me sinto uma rocha por isso.
Finjo sorrisos, sou alguém diferente longe daqui, dos seus olhos.
Me alieno à tudo voltado à vocês, finjo não me interessar.
Percebo que dentro de mim, eu vivo os mesmos dilemas.
Meu coração ficou sensível às suas palavras de amor.

Nunca mais abracei quem eu deveria venerar,
penso antes de agir por impulso, antes de encarar os seus braços.
Nunca mais senti o que eu sentia,
alguma coisa congelou aqui dentro de mim.
Entaladas na garganta, as palavras não saem.
Assim, eu tenho medo.

Tão nova, tão indefesa, essa é a sua verdadeira você.
E eu nunca pude estar ali por você.
Ouvi seu choro, senti suas noites em claro,
ouvi seu desabafo, e nada disse.
E agora sou eu que desabafo para o nada,
pelos mesmos motivos.

Não era nada daquilo.

Esperar de mais,
receber de menos.
Tem sido assim.
Um mundo novo
de descobertas
abertas, sangrando.

Voar de menos,
cair ao chão.
Tem sido assim.
Um estilo novo
de conversas
abertas, pausando.

Deixei de esperar,
de premeditar.
Cansei de me perder
com ilusões que não
são nada daquilo
que imaginei.

Faces desfiguradas,
estranhas, obscuras.
Alegria de uns,
boemia de outros
e a minha.
Minha fiel postura.

Sonhar sem saber pra onde,
sem saber onde vai dar.
Sonhar baixo
ao alcance das mãos,
alçar voo tímido.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Enloqueço.

E a cada vez que você vem
eu respiro.
Ganho novo fôlego,
ganho nova vida.

E a cada novo beijo
eu perco o fôlego,
eu me perco no tempo,
eu enlouqueço.

E a cada vez que você vem
eu repenso.
Ganho novos pensamentos,
ganho nosso amor.

E a cada novo abraço
eu me perco nos seus braços,
eu me acho nos seus olhos,
e enlouqueço.

E a cada vez que você se vai
dó fundo ter que te deixar ir.
Perco a razão, e os olhos,
enlouqueço.

Sem dizer adeus.

Juntos conquistamos, choramos, brigamos.
Acabou sem nem sequer percebermos.
Juntos cumprimos nosso dever.
Nos separamos sem nem dizer adeus.

Tanto tempo que o tempo escondeu.
Do nada vocês todos se foram.
Será que fui eu que me escondi?

Dissemos que isso nunca aconteceria,
mas foi inevitável.
Acabamos nos evitando sem perceber.
foi lastimável.

Juntos éramos invencíveis,
nos completávamos, todos nós.
Partimos para nossas vidas sem despedidas.

Desculpas que voam no ar,
estanos tão perto e ao mesmo tempo tão longe.
Imperdoável o tempo que foi, que não volta mais.
Amizade que se perdeu, desfaleceu, murchou.

Imortal.

Ser imortal pra você,
brilhar eternamente no seu céu.
Ser incontrolável no seu íntimo,
ser a chama do seu fogo.

Brincar de amar,
buscar eternamente o nosso limite.
Chamar de amor,
beijar até calar o meu ego.

Ser seu guia, seu mapa,
ser a sua perdição.
Ser sua cura, seu milagre,
sua doença.
Ser sua, em qualquer situação.

Ser imortal pra você
buscar eternamente seu sorriso.
Ser incontrolável no nosso limite,
beijar até alcançar o céu.

Brincar de amar,
brilhar no nosso céu particular.
Chamar de amor e
incendiar a chama do meu ego.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Onze vezes você.

Sabe aquela pessoa com quem podemos contar em qualquer momento? Aquela com quem podemos rir, chorar, reclamar da vida, compartilhar cada momento, dividir cada informação... Com quem somos nós mesmos, com quem deixamos transparecer a nossa essência.
Encontrá-la parece uma trajetória cansativa, exaustiva, sem sucesso aparente. Gente que aparenta mais não é aparece pelo caminho, nos magoamos, nos iludimos com amizades superficiais, com entrega pela metade, não era isso que eu procurava.
Deixei pra lá, deixei o tempo me trazer a pessoa que saberia todos os segredos da minha mente, que saberia me traduzir pelo olhar, pela voz, pela presença.
Eu achei! O tempo e o destino te trouxeram pra mim, num embrulho de presente lindo, com um laço dourado, o melhor presente dos últimos tempos de uma vida inteira.
Encontrei numa pessoa centrada, capaz de me fazer flutuar com as palavras, uma conversa viciante, que me fez encontrar um amigo, um confidente, um companheiro.
Nele encontrei o amor. Nele encontrei a paz, a segurança, braços aconchegantes, uma fortaleza.
Além de palavras, compartilhamos sentimentos, abraços, beijos, alegrias, momentos...
Vivemos uma vida de felicidade juntos, com aquela pessoa escolhida pra ser a minha metade particular, o meu melhor amigo, minha fonte inesgotável de amor, de calor.
De repente foi um encontro mágico, um encontro marcado, um marco nas nossas vidas. Inegável dizer que você estará pra sempre marcado nas linhas da minha vida.
Amor maior nunca houve nessa terra de concreto. Magia maior nunca houve nessa vida de faz de conta.
Felicidade maior eu jamais senti nesses dias longos vividos num faz de conta de verdade.
Obrigada por cada segundo ao meu lado, por cada sorriso, por cada gesto, por cada palavras, por cada gota de amor que transbordamos.
Obrigada por ser meu ideal, meu amigo, meu amante, meu amor.
Obrigada meu Royther Goltz.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Meu estranho lar.

Me sinto como uma estranha no meu ninho,
na minha casa, no meu lar...
Como se fosse um outro ser ali fadado a ficar,
sem encaixe, extraterrestre.

Pensamentos distintos, concepções ultrapassadas,
a cada dia tudo isso parece piorar.
Até quando teremos que lidar com aparências?
Incertezas, mentiras, vontades reprimidas?

Me sinto como uma libertária no meu quarto,
no meu aconchego, no meu espelho.
Onde eu posso ser eu mesma, estranha e complicada,
diversificada, irreverente.

Geração distinta, ideias mudadas,
a cada dia isso parece retroceder.
Quando poderemos lidar com as opiniões?
Certezas, verdades, vontades conquistadas?


terça-feira, 22 de maio de 2012

Paraíso

Diga-me se não seria interessante,
se fôssemos livres, se fôssemos eternos?

Não precisaríamos estar aqui agora,
assim tão longe um do outro.

Criaríamos nossas próprias regras,
cantaríamos a canção do nosso jeito.

Contruiríamos um mundo só nosso.
Diga-me se não seria genial?

Imagine acordar num mar de rosas?
Cores e amore pro infinito e além.

Ficaríamos abraçados no frio ou no calor,
comeríamos apenas o nectar do amor.

Não ouviríamos ninguém,
não veríamos mal algum em sermos nós.

Viveríamos a vida como ela deve ser.
Diga-me se não seria animal?

Nossos beijos seriam intermináveis,
incansáveis, deliciosamente ardentes.

Nosso futuro seria um presente de felicidade.
Não precisaríamos pensar em nada.

Diga-me, não seria o paraíso?

Sin.

E eu desistiria da eternidade para poder te tocar,
porque eu sei que você pode me sentir de alguma maneira.
Você é o mais perto do céu que eu já consegui chegar,
e eu não quero ir embora agora.

Tudo o que eu posso sentir é esse momento,
e tudo que posso respirar é a sua vida.
Mais cedo ou mais tarde terei partido,
eu só não quero perder esse instante.

E eu não quero que o mundo me veja,
porque eu sei que eles não entenderiam.
Quando tudo parecia que estava perdido,
eu só quero que vocês saibam quem eu me tornei.

E eu não consigo evitar as lágrimas,
toda verdade que eu vejo no seu olhar.
Quando tudo parece um filme de terror,
você sangra só para lembrar que está vivo.

E eu quero que o mundo me veja,
porque eu sei que eles poderiam entenderiam.
Quando tudo parecia que estava perdido,
eu só quero que vocês saibam quem eu me tornei.


sábado, 19 de maio de 2012

O rio.

Se foi, não volta, deixe ir.
Não diga nada, serão só palavras,
e de nada vai mudar.

A chance passou, se foi,
não volta mais, deixe esquecer.
Foi exacerbado, vivemos,
realidade inventada,
lealdade fingida.

Se foi, não volta jamais, deixe estar.
Me calei, não despeedicei minhas verdades,
e não são as suas.

A vida passou, se foi,
não volta mais, vamos deixar correr.
Foi demais, morremos,
realidade alterada,
lealdade frágil.

Quero que o rio corra,
vá para outros braços,
encontre a paz.
Aqui não há mais ar puro,
vá para a luz.


você esqueceria do mundo?

Faremos de tudo, já estamos até fazendo planos...
Rindo das nossas próprias desgraças mundanas.
Nós não precisamos de nada e de ninguém,
para dizer o que de fato devemos sentir,
simplesmente deixamos arder no peito.

Se deixássemos o tempo passar, você ficaria aqui comigo,
e esqueceria do mundo?

Eu não sei bem ao certo, como viemos parar aqui,
em que momento eu me apaixonei por você.
Se foi antes da primeira palavra,
se foi depois do primeiro contato.
Aquelas três palavras não são o bastante.

Se deixássemos o tempo voar, você ficaria ao meu lado,
e esqueceria de todos?

Esqueça do que dizem, antes que infeccione você.
Vivamos o hoje, antes que fiquemos muito velhos.
Vamos matar o tempo, olhando nos olhos um do outro,
ou segurando um na mão do outro.

Preciso da sua graça, para me entender,
para encontrar minha paz.


Vida.

Amarga e doce,
dura e leve...
Essa vida.

Você ganha, você perde.
Você chora, você ri...
Essa vida.

Vivemos e morremos.
Caimos e levantamos...
Essa vida.

Intocável, intocável,
minha mente, minha fortaleza.
Profunda, profunda,
meus conceitos, meus preceitos.

Não vamos cair.
Nessa vida.

Livres e presos.
Felizes e tristes.
Nessa vida.

Patrões e escravos.
Amados e odiados.
Nessa vida.

Intocáveis, intocáveis,
nosso amor, nossa paz.
Inabalável, inabalável,
minha fé, minha vontade.

Agridoce,
média.
Vida.

Sobrevivemos,
vivemos.
Vida.

Imutável.
Amor.

Inatingível.
Você.

Não sei nem titular.

Estou triste e não sei por que.
Os dias não são mais como os de ontem.
Estou angustiada e não sei por que.

Não me vejo rodeada por uma única alma.
Aliás, nunca me vi.
Pessoas iguais, pessoas fraternais.

Estou esperando algo que não sei o que é.
Os minutos não passam como os que passaram ontem.
Estou esperançosa por algo que não sei o que é.

Não vejo um futuro mais tão certeiro.
Aliás, nunca vi.
Foi constante mudança, constante fumaça.

Pessoas destruiram parte de mim,
outras contruiram.
Estou ainda por acabar a obra de mim mesma.

Memórias se perderam dentro de mim.
Aliás, nunca existiram.
Memórias inventadas, criativas, mas sem vida.

Estou sentindo algo que não sei o que é.
Minhas intuições falham mais do que ontem.
Estou esperando, pessoas, memórias que nunca vi, nem vivi.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

a luta.

Naquele tempo que pensava que sabia de tudo,
achando que tudo era feito de inocencias...
Podia confiar, podia aceitar,
mas eu estava errada.
Aquele tempo acabou, já vi o bastante.

Aquilo que me circundava, já tinha desaparecido,
achando apenas que o vento levara...
Podia acreditar, podia colocar a mão no fogo,
mas eu estava errada.
Aquilo morreu, já viveu o bastante.

No fim das contas, vejo com mais clareza hoje.
Se não tivesse sido por isso, não teria tirado minha venda,
ainda só veria o mundo embassado.
Tenho apenas que agradecer.

Agradecer por ter me feito mais forte,
me fez trabalhar cada vez mais,
me fez mais esperta,
mais rápida,
deixou meus reflexos impecáveis.
Me fez lutadora.

O mundo poderia ter proporcionado tudo,
minha cabeça estava entregue.
Percebi a tempo, o mundo não era o bastante,
minha mente não era suficiente.

Ouvi dizer que nada anda dando muito certo,
o mundo gira e não sai do lugar.
A vitima virou a presa.
Que os jogos comecem, vamos ver na plateia.

Depois de tanto tempo, vejo com sanidade.
Se não tivesse sido pelo tempo, ainda estaria esperando.
Tenho apenas que agradecer.

Por ter me feito invencível,
transformado minha pele em aço,
agradeço pela luta.



 

sábado, 12 de maio de 2012

Leia como um poema.

Aqui nesse mundinho fechado, ela é incrível.
Seu vestidinho preto indefectível.
Eu detesto o jeito dela, mas pensando bem,
Ela fecha com meus sonhos como ninguém...

Conhece a ti mesmo, que eu me conheço bem.
Sou um qualquer vulgar,  bem às vezes me esqueco,
e finjo ao ignorar, eu sei,
que ela me domina no primeiro olhar...

Eu quero te provar, sem medo e sem amor...
Quero te provar.

Ela derrama um banquete, um palacete.
Um anjo de vestido, uma libido, um cacete...
Ela é tão, tão vistosa que talvez seja mentira.
Quem dera minha cara fosse de sucupira.

Eu quero te provar, cozida à vapor...
Quero te provar.




Paciência.

Derrubar uma lágrima pela saudade,
mas eu ainda estou bem para sorrir.
Ahh, penso em você cada segundo...

Teve um tempo que dúvidas tomaram minha mente,
mas você as respondeu tão prontamente.
Não há mais nenhuma,
você veio pra ficar...

No fim, vai tudo ficar bem,
só precisamos de um pouco de paciência.

Nem é tão ruim assim,
porque eu não me sinto sozinha.
Eu te tenho aqui e agora sempre.

Por vezes, me vejo em ânimo,
queria pular os dias.
E há tanto para se considerar...

No fim, vai tudo ficar bem,
só precisamos de um pouco de paciência.

Nós temos tudo o que é preciso.
Eu e você e amor, muito amor.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Alfa / Ômega

Pink and blue.
Me and you.
Light and dark.
You and I.

Sweet and bitter.
Symphony.
Hot and cold.
He and she.

Open and close.
Start and stop.
Burn and freeze.

Zero and one.
We and us.
A and Z.
You got me.

Mercy

I love you,
but I gotta stay true.
My morals got me on my knees,
I'm begging, please...
Stop playing games.

I don't know what you do,
but you got me good,
just like I knew you would.

I don't know what you do,
but you do it well,
I'm under your spell.

You got me begging you for mercy.
Why won't you release me?
You got me begging you for mercy,
why won't you realse me?
I said, release me...

Now, you think that I,
will be something all the time,
but you got to understand,
that I need a men who can take my hand.
Yes, I do!

I don't know what is this,
but you got me good,
just like I knew you would.

I don't know what you do,
but you do it well...
I'm under your spell.

You got me begging...

Há algo.

Há algo no jeito que ele olha pra mim,
Algo que me atrai tão repentinamente...
Há algo nas coisas que ele diz pra mim,
Algo que me hipnotiza a cada palavra.

Sei que não quero ter que ir embora mais uma vez,
Você sabe o quanto eu acredito no nosso amor.

Há algo naquele sorriso, está obvio,
Algo que me prenderia por uma eternidade...
Há algo naquele beijo que seduz,
Algo que não deixaria por nada.

Sei que a partida é triste, me faz chorar,
Mas você sabe o quanto eu torço para aquele próximo momento chegar.

Você me pergunta se eu vejo um futuro,
eu respondo que não, que só vejo um nós.
Vagando pela vida, de mãos dadas e olhares fixos.
Eu não sei, só sei o que sinto agora.

E você sabe que eu te amo,
e o quanto eu preciso de você pelos segundos.
Não preciso mais dizer, você sabe que me faz feliz.

Há algo no jeito dele, que só ele sabe ser.
Só o que me resta fazer é amá-lo.
Há algo no nosso amor que me mostra,
Não deixaria isso por nada,
Você sabe o quanto é nossa a vontade de seguir,
seguir amando, seguir juntos, pela estrada longa da vida.


sexta-feira, 4 de maio de 2012

stRonGer

Mais um ano se passou, e meu amor não mudou.
Só cresceu, multiplicou, criou dimensões astronômicas.
Trezentos e sessenta e cinco dias todos vividos com muito amor.

Mais um ano da sua vida começou, e seu jeito não mudou.
Direcionamos nossas vidas em uma só, eu aqui e você ai.
Mais juntos que muitos, mais felizes que vários.

Mais e mais aquele homem que eu pedi à Deus,
aquele em quem posso me afogar em amor.
Mais e mais apaixonada por aqueles doces olhos verdes,
aqueles que desde o primeiro dia me hipnotizaram.

Um ano, tudo e nada mudou.
Da noite pro dia me tornei sua, inteiramente sua.
De um ano para outro e ainda sentimos aquile velho sentimento.

Um ano, muitos desejos.
Que mais um ano passe, e que nada mude.
Que mais um ano passe, e que ainda sejamos nós.
Eu e você.

Mais um ano e eu tenho a plena certeza que tudo será você.
Melhor, mais rápido, mais forte.


domingo, 22 de abril de 2012

Traduções livres de mim mesma.

Todos os dias são como o primeiro.
Sinto-me capaz de tudo pela manhã,
enfraqueço logo após,
a noite chega e nada do que eu tenha feito me parece útil.

Alguns dias são como os últimos.
Sinto-me incapaz de mover um dedo,
conquisto o mundo pela tarde,
a noite chega e tudo o que eu fiz fica marcado na minha história.

Não importa o que digam,
o que façam, é uma roda da fortuna,
meu motivo de motivação muda a cada segundo.
Até que ele encontrou você.
Parece fixo, imóvel.

E agora os dias são como o primeiro,
aquele primeiro dia que te vi.
Não me sinto capaz de mais nada,
apenas me contento em lhe fazer feliz.
Em lhe ser útil, lhe marcar na minha história.

sábado, 21 de abril de 2012

Vida.

Fale mais de você, dos seus sorrisos, das suas lágrimas, fale da sua vida.
Daqueles que lhe fizeram o bem, e como eles plantaram o amor em você,
me fale também daqueles que lhe fizeram mal, e como você se vingou deles.
Diga-me que você riu e chorou de tudo aquilo que tinha vontade,
mas que você amargou por algumas vezes ter que segurar um riso, um choro.
Conte-me como era ser uma criança na sua época, dos seus dilemas com seus irmãos,
as mudanças de valores humanos daquela época pra cá.
Quero saber também como foi a sua juventude, como você se divertiu,
quantos amores viveu, quantos deixou de viver...
Diga pra mim quantas vezes você precisou parar pra decidir o que quis da vida,
quantas vezes você abriu a geladeira apenas para pensar no próximo passo a tomar.
Diga-me quais eram os motivos mais frequentes das brigas com seus pais,
e quantas foram as vezes que você quis fugir de casa.
Quantos amigos você manteve ao longo dos anos, quantos perdeu,
para quantos prometeu amizade eterna e nunca mais os viu,
quantos amigos novos você fez ontem.
Quem são aqueles que ficam no seu lado não importando quando nem como,
e quem são aqueles que quando você mais precisa somem.
Conte seus planos para uma vida futura, quantos filhos você quer ter,
quando você planeja se casar, quando você vai largar da saia da sua mãe.
Diga-me quais as aventuras que ainda quer fazer, quais as músicas que ainda quer cantar,
quais filmes ainda quer ver e rever, quais os livros que você quer eternizar e guardar ou queimar,
para quais paises você quer visitar, para qual estrada quer se perder e se achar.
Conte-me tudo isso e ainda mais, acima de tudo, diga-me se a sua vida, valeu a pena, se ela vale, e se você ainda pode tirar o máximo proveito dela.

Estação, rua e estrada.

Passado triste, desatenta.
Passado curioso, prestei mais atenção.
Já estive do outro lado,
daquele lado que sempre repugnei.
Atitudes que tomei sem nem me dar conta.

Hoje eu consigo rir de tudo e de todos.
Faz parte da minha história.
Ficou aqui pra me fazer sorrir.

Passado curioso, se me atentar...
Uma estação, uma rua, uma estrada...
Já fui a vítima,
daquela situação que nunca quis estar.
Acontecimentos que passaram sem me dar conta.

Hoje eu consigo rir de tudo e de todos.
Vai fazer parte pra sempre, e vai sempre me fazer sorrir.
Aquela estação, aquela rua, aquela estrada.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Minha mania de você.

Meu bem você me dá água na boca...
Enche-me a cabeça de pensamentos,
oculta minha concentração.
Faz-me perder a cabeça.

Nada melhor do que não fazer nada,
só pra deitar e rolar com você...
Consumida pelo teu beijo,
Instigada de saudade do seu cheiro.
Faz-me perder a sanidade.

No chão, no mar, na Lua, na melodia...
Meu tempo se consome no âmago de querer-te.
Lembranças de uma tarde de verão,
num lugar distante, diferente, quente.
Faz-me perder o sono.

Minha mania de você,
consome, acalenta, persegue.
A vontade da sua pele,
do seu toque, da sua magia...
Faz-me perder a quietude.

Aquela velha opinião formada sobre tudo.

Aquela velha opinião formada sobre tudo, como bem diria Raul, mudou.
Não me vejo mais como antes, não me reconheço...
Fui tomada pelo espírito esquisito do dom de amar.
Não julgo mais antes de saber das razões,
não mais permito que digam coisas ruins de uns dos meus.
Me apeguei a pessoas que jamais pudesse imaginar tamanha cumplicidade.
Amizade virou instância, virou necessidade.
Aquela palavra que conforta, aquela vontade dei dizer exatamente tudo.

Independência ou morte, como gritou D. Pedro, essa assim a antiga eu.
Sozinha no mundo, destinada à desbravar novas terras, novos caminhos,
estava focada à contar apenas comigo, e hoje sei que essa estética é classisista.
O meu moderno é ser aberta, ser cúmplice, ter, dar e ser amor.

sábado, 14 de abril de 2012

14/04

          Conversávamos sobre vida a dois. Umas cinco mulheres de idades diferentes, de situações extremamente distintas. Uma mesa nos cercava, uns copos de caipirinha, um guardanapos amassados nas mãos de algumas delas. Uma música alta ao fundo e crianças gritando e correndo em volta. Uma comemoração simples de aniversário de criança.
          A primeira da roda era recém separada, uma mulher de meia idade,  desacreditada ainda da situação que ela passava, um ano e meioa e o sentimento ainda a perturbava, em certos momentos inclusive, seus olhos chegaram a encher de lágrimas, me senti incomodada pelo assunto tão delicado pra ela.
A segunda, grávida e calada. Ficou apenas ouvindo e concordando ou negando com a cabeça, tinha espasmos de tristeza, olhava pro nada de vez em quando. Ao fim da conversa descobrimos que havia uma briga entre ela e seu marido rolando no meio da festa. Casamento novo, filhos novos.
A terceira, mais velha, estava já um pouco alterada pelo álcool da caipirinha, iniciou o assunto e desabafou sobre suas mágoas guardadas. Por sinal, era mãe da moça calada. Separou-se há uns 6 anos e homem era carta morta e enterrada na sua vida, a única falta que sentia era de um apoio financeiro.
Outra moça nova estava ao lado, bonita, robusta, elegante. Mãe solteira, fruto de um relacionamento errado demais pra dar certo, o filho era motivo de orgulho. Mantém agora um relacionamento sério que promete durar. Pareceu-me sonhadora demais pelo que já viveu.
A próxima, mãe da sonhadora, era mais velha, casada, pseudo-submissa. Manter um casamento por tantos anos não é coisa fácil, alguém tinha que ceder. Pouco falou sobre o assunto, preferiu silenciar-se em certos momentos para não causar atritos.
A última antes de mim é mão da primeira, a mais velha da roda de mulheres, seguríssima de si, pseudo-casada, prestes a completar bodas de ouro, sofre pelo dilema dos filhos, daquelas que se intromete por inocência na vida deles e acaba sendo mau vista.
E eu, calada o tempo todo, só observando, analisando o perfil de cada uma delas, prestando atenção em cada colocação verbal e corporal.
         
          -Olha, só sinto falta de homem pra pagar as minhas contas, porque de resto, quero distância... Ihh, posso sair quando eu bem quiser, voltar a hora que eu quiser. - disse a introdutora do assunto, a senhora da caipirinha.
        
          O assunto virou polêmica, perguntaram se as outras separadas também achavam a mesma coisa, houve divergência, umas disseram que podiam muito bem viver sem ninguém, e além do que preferiam sustentar-se por si sós. Naquele momento pensei no quão delicado e pessoal aquele assunto poderia ser para algumas mulheres da mesa. As mais velhas eram absolutas ao dizer que quando casa-se, uma pessoa se anula, outra vive, que se não for assim o atrito destroi. As mais novas relutavam a negar, conhecendo o perfil de cada uma era nítido saber quem estava mentindo.
A paternidade entrou em cena, sendo a coisa mais importante mesmo após uma separação, ser pai era algo inegável para todas, as separadas tinham orgulho em dizer que podiam contar com seus ex para qualquer coisa, menos para dinheiro e pensão.

          -Ele te ajuda com pensão? - uma delas perguntou a uma separada.
          -Ele ajuda quando ele pode, não faço questão. - essa foi a resposta de uma delas. Toda segura da sua posição. As mais velhas reprovaram com afinco.

          O orgulho feminino em poder trabalhar e conseguir ver o sorriso do filho satisfeito era o diamante daquelas mulheres, em desacordo com as demais. Achavam um completo absurdo não exigir dinheiro, mas o sentimento de piedade alheia era demais pra mudar a cabeça de qualquer uma delas que concordavam na autossuficiência financeira feminina.
As mães presentes faziam questão de martelar na cabeça das filhas que era obrigação, que era lei, que era sagrado. As colocadas em questão acham que cadeia era uma palavra terrível naquele aspecto, colocar alguém com quem ela conviveram anos de paixão era impossível, fora de questão.
O assunto da submissão e apagamento da vida de um ser do casal voltou à tona com tudo. A moça grávida saiu da mesa choramingando, engolindo o choro, como se ela se identificasse com cada palavra do discurso da própria mãe. Depois que ela se retirou, foi a mãe quem não se segurou e começou a chorar, nítidamente ela se esforçava pra segurar tudo aquilo, mas saber, ver e sentir que naquele momento a sua filha estava sendo aquela mulher que precisava viver e deixar viver, era demais pra ela.
           Diante de tudo isso a indagação mental foi geral, e me falaram por último para não fantasiar demais da vida. Questionei-me sobre tudo. Sobre a minha situação presente, sobre o quanto durante aquele dia eu já tinha pensado sobre diversas frases e coisas referente à isso, ri de mim própria por ser uma jovem completamente incógnita da minha vida futura, num sentido amplo. Me coloquei na pele de cada uma delas, conseguia entender cada uma. Elas lá tinham suas razões e eu entendia.
Me flagrei imaginando um futuro perfeito destruido pelas situações mil que poderiam acontecer, apaguei tudo isso da mente e vi como eu sou centrada nas minhas convicções.
Mas vi também o quão condenada por elas eu poderia ser se abrisse a minha boca para expressar a minha opinião. Me perguntei tantas coisa, imaginei tanta coisa...
Por último, balancei as minhas palavras, e as minhas próximas ações diante do meu dia. Resolvi calar-me e enfrentar o que vier ai pra frente.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Me encontrar.

Aquela sensação profunda, carnal e emocional ao mesmo tempo.
Gelo e fogo, minhas mãos na tua, meus olhos fixos nos teus.
Encontro paz, encontro soluções pra problemas impossíveis.

Aquela voz latente, inquieta e silenciosa ao mesmo tempo.
Dizendo a todo instante que é exatamente assim que me completo.
Encontrei amor, encontrei a cópia tão diferente da minha alma.

Como se eu soubesse sem saber que é com você que eu quero ficar,
aqui, agora, pra sempre e além.
Como se eu pudesse parar o tempo por mil instantes só pra imortalizar
isso aqui, dentro da parte infinita do meu ser.

Aquela certeza profunda, bamba e firme ao mesmo tempo.
Eu e você, minha vida na tua, meus caminhos alinhados nos teus.
Encontrei a mim mesma, achei uma razão pra ficar assim pra sempre.


Heleniké.

Sinto uma saudade daquele tempo...
Éramos eu e você numa relação íntima,
diária de total entrega, de total amizade.

Sinto falta daqueles traços,
daquelas letras saindo do meu pulso,
daquela voz gutural, daquela gravidade,
da nossa história épica, trágica, lírica...

Sinto falta daquele velho grupo
apaixonado, dedicado, apavorado,
abençoado pelos deuses.
Dos companheiros combatentes,
do líder tão sábio que inspirava.

Sinto muita saudade do azul,
da paixão, da velha língua.
Sinto falta de você heleniké.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Razão.

Às vezes me convenço de que nada disso deveria ser feito.
Jogar tudo pro alto e cancelar a ideia maluca é a vontade.
Parece rosas quando dizemos palavras juntas,
mas fica ferido quando descompassa...

Querer infelizmente não é poder,
nem em um futuro distante isso parece acontecer.
Ainda bem que as rosas acompanham a maior parte do caminho.
Razões que a minha razão desconhece.

Pretendo parar de ser tão transparente,
oca, incapaz de me descontrolar.
Capaz de defender as minhas razões...




sexta-feira, 30 de março de 2012

You could be happy.

You could be happy, and I won't know.
But you weren't happy the day I watched you go.
And all the things I wish I had not said,
are played in loops till it's madness, in my head.

Is it too late to remind you how we were?
But not our last days are silent, screaming, blur...
Most of what I remember, makes me sure.
I should have stopped you from walking out the door.

You could be happy, I hope you are.
You make me happier than I've been by far...
Somehow everything I own, smeels of you.
And for the tiniest moment, it's all not true.

Do the things that you always wanted to.
Without me there to hold you back, don't think, just do.

More tha anything I want to see you glow,
take a glorious bite out of the whole world.

Snow Patrol.

War.

Mundo insano, mundo cão.
Acordei e não quero mais ficar aqui.
Fugir, escapar de toda a maldade que cerca tudo e todos.
Quero poder viver sem grades, sem fechaduras, sem olhos cobiçando.

Mundo mau, mundo, pobre mundo.
Vou dormir e me me sopra a dor de não poder mais.
Verter o leite derramado não vai mudar nada, assustar a cada situação também não.

Dizem pra fazer amor e não guerra.
Fazemos amor e parece que cada vez mais guerreamos.
De que adianta fazer amor, se o amor não brota?
Fugir, escapar de toda a insanidade que me cerca e insiste em estar aqui.

E pra ajudar...

domingo, 25 de março de 2012

1999

Achei aquele meu poema perdido, escondido.
Passei por caminhos já percorridos, voltei a sentir.
Achei dentro de mim uma lembrança perdida.
Percorri caminhos da mente nunca mais refrescados.

No meu caderno ainda há, ainda existe
um ano qualquer da década de 90.
Linhas que não significam nada mais,
um dia foram eu, deixaram de ser,
se tornaram maiores.

Achei aquela tentativa de fim de vida feliz.
Achei dentro de mim aquela que estava escondida por anos...
Lembrei de alguns dias em especial, lembrei das pessoas.
Pude sentir a vibração, a ação, a felicidade daquele ano bobo de 1999.

Quanto se perdeu por folhas esquecidas,
quanto se viveu em folhas em branco.
Escrevi a minha própria história,
colori, rabisquei, apaguei.

sábado, 10 de março de 2012

El sueño.

Sonhei que tudo aquilo que mais queria era meu.
Não havia mais nada.
Dois seres humanos sem direção.
Eu e você.

Sonhei que vivia pra te ver viver.
Não havia mais nada.
Dois corações batendo.
Meu e seu.

Quis não acordar mais, deixar como estava.
Não querer mais nada.
Um sonho como qualquer outro, mais um dia.

Sempre sonho que não acordo do sonho,
nunca foi um sonho sonhado.
Sonho vivido, sonho desejado.

Sonho amado, sonho meu.
Sonhar com o meu sonho,
Você e eu.

domingo, 4 de março de 2012

Nuvens e pedras.

Escute suas palavras, perceba meu silêncio.
Me toca por dentro, me corroi noite adentro.
Escute suas atitudes, note minha reação.
Me escurece o dia, me atenta a saúde da mente.

Esqueço que você não vê,
esqueço que eu não falo.
Me lembro daquilo que vi,
esqueço aquilo que você falou.

Oscila entre nuvens e pedras,
as atira e me atira no ar.
Às vezes mais pedras que nuvens,
me entrego ao dilúvio que toma,
que acomete meus olhos.

Ainda bem que você não vê,
percebo que não transpareço.
Quero ainda mais bem quando passa,
me lembro dos momentos de luz.

Escute minhas palavras, perceba meu olhar.
Me toca a pele quante, me toma noite adentro.
Escute minha voz, note minha reação.
Me rouba o dia, me inquieta a noite, e irradia a saude da alma.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Abstrato.

Até mais que eu, mais que dois.
Chego a pensar no sentido desse abstrato.
E não adianta falar, nega, nega, nega.

Até quando? Mais que dois?
Forças me faltam ao lutar contra o abstrato.
E não adianta tentar, cair, cair, cair.

Até parece que não se vê, claro.
Perde-se a noção do quanto isso vai durar.
E de nada adianta eu falar, não falo, não falo.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

TMTCBM

Going back to the corner where I first saw you,
gonna camp in my sleeping bag, I'm not gonna move.
Got some words on cardboard, got your picture in my hands,
saying: If you see this girl, can you tell her where I am...
Some tried to hand me money, they don't understand.
I'm not broke, I'm just a broken hearted man.
I know it makes no sense, what else can I do?
How can I move on, when I'm still in love with you?

Cause if oneday you wake up and find that you're missing me,
and your heart starts to wonder, where on this earth I could be,
thinking maybe you'd come back here, to the place where we met.
And you'd see me waiting for you on the corner of the street.
So I'm not moving...

Police men says 'Oh you can't stay here.' I said 'It's someone I'm waiting for.
If it's a day, a month, a year.'
Gotta stand my ground even if it rains or snows,
if she changes her mind, this is the first place she would go.

People will talk about the guy, who's waiting on a girl,
There are no holes in his shoes, but a big hole in his world.
And maybe I get famous as the man who can't be moved,
and maybe you won't mean to, but you'll see me on the news...
And you'll come running to the corner cause you know it's just for you.

The script.


I'm yours

You touched this tired eyes of mine
and maped my face out line by line,
and somehow growing old feels fine.
I listen close for 'I'm no smart'
you wrap your thoughts in works of art,
and their hanging on the walls of my heart.

I may not have the softest touch,
I may not say the words as such
and though I may not look like much,
I'm yours.

And though my egdes may be rough,
I never feel like I'm quite enough.
It may not seem like very much,
but I'm yours.

You heal the scars over time
you embraced my soul, you loved my mind.
You're the only angel in my life.
The daily news came, my best friend died,
my knees went weak and you saw me cry,
say I'm still the soldier in your eyes.

I know I don't fit in that much,
but I'm yours.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

O poeta.

Me faz feliz te ver falar, te ver proclamar seu amor por mim.
Desventuras mil, inunda o meu pensamento!
Saudade transborda, pinta e borda com meu coração.

Sentimento comum aos demais, sensação do céu na terra.
Sabores mil, mergulhei no oceano doce do seu amor.
Flagro-me lembrando, revivendo um momento de céu na terra refletido nas batidas aceleradas do coração.

Me faz feliz, vida. Me faz bem, amor.
Proclamo com orgulho, brado aos quatro cantos!
Já se vê meu sorriso da Lua, dá paz à quem precisa.

Viver e não cansar de viver de amor,
como bem disse o poeta, que se for pra morrer,
que seja de amor, que seja sorrindo
e implorando por um sorriso seu.

Me faz feliz, amor. Me faz bem, vida.
Agradecer já não é o suficiente, mas ainda sim o faço.
Já se vê quem nem vê, a felicidade que transborda sem se ver.


domingo, 29 de janeiro de 2012

E quem vai me entender? Você...

Acabo sempre chegando a mesma resposta para a minha depressão momentânea.
Não sou eu, nem você. É a falta que você me faz, em certos dias.
Momentos que eu daria meu ar pra estar com você, daria pulos até a Lua só para te ver, frente a frente.
Fraca demais, eu diria, me sinto impotente sem sua presença.
Dias que me questiono, dias que são inúteis, dias que demoram pra passar.
Me vejo sem ânimo de fazer nada, absolutamente nada, quando você não está lá.

Acabo esquecendo de tudo depois, e percebo o quão presente você está.
O quanto me vejo refletida nos seus olhos. O quão feliz você me faz.
Quero multiplicação dos nossos momentos, aqueles que me levam pra Lua, que me faltam o ar.
Fortificar minha fortaleza, desejar cada segundo mais a sua presença.
Dias que me questiono como é bom ter você, conto os dias pra te ver.
Me vejo louca, inquieta esperando por você, nada, absolutamente nada, me faz mais feliz do que você.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Qualquer semelhança, é mera coincidência.

Parece que é preciso acontecer tragédias para entendermos e darmos o devido valor a quem merece.
Ouvir o depoimento de algumas pessoas ontem no jormal me cortaram o coração, fizeram até lágrimas escorrerem do meu rosto. Me coloquei no lugar daquelas pessoas comuns, seres humanos normais, pensantes e amantes, capazes de levar uma vida tranquila até algo acontecer.
Ouvi dizer que um homem, parece-me que recém casado, estava conversando com sua jovem esposa pela internet, ela trabalhando e ele voltando pra casa. Mais um dia normal, como tantos outros, discutiam o menu do jantar, quem lavaria a louça e quem arrumaria a cozinha, coisas do dia-a-dia.
De repente ela se desconecta. Deve ter sido apenas uma queda no sinal, ele pensa. Ela demora, ele ouve algo na rádio à caminho de casa, um prédio desabou na cidade, e sem perceber, ele se lamenta por mais um problema urbano. Depois de alguns segundos, cai a ficha, é o edifício onde a sua mulher trabalha.
O mundo para por um instante, cessam os pensamentos, não dá pra acreditar que aquilo acontecera com eles. Inicia-se a procura por Deus, pede com tanta fé, capaz de mover o mundo. Vem a esperança, ela só pode ter sobrevivido, ela não partiria assim, sem se despedir, sem um último beijo, sem uma última jura de amor.
Quando ouvi seu depoimento ontem, no jornal da noite, ele dizia com tanta certeza que ela estaria viva, que era só questão de tempo para acharem a jovem beleza da sua esposa encoberta por poeira da catástrofe. Hoje pela manhã, ao saber de mais novidade sobre o caso, descobri que acharam o corpo daquela jovem cheia de planos, cheia de vida, cheia de amor. Imaginei o quanto aquele pobre homem não se desesperou, o quanto ele não implorou por um último adeus, por um último beijo. O quanto ele não se perguntou por que Deus fizera isso com a família dele, por que aquele deveria ter sido o dia, por que não o prédio dele que não desabara? Ele não saberia mais viver sem ela.
Outra pessoa, que jamais conhecera a citada anterior, mas que teria sua vida cruzada ela pelo mesmo sentimento de dor e perda, me acometeu o coração. Dessa vez uma mulher, mais uma cidadã de bem, pagadora de impostos, feliz por ter sua vida em ordem. Esperava o marido chegar do trabalho, para mais uma noite compartilhando problemas do dia de cada um, mais uma noite compartilhando a vida um do outro. Televisão ligada, ouviu da tragédia, se desesperou, procurou, ligou... Sem resposta. Ela se questiona, acredita que a vida dela não sofreria um baque tão grande assim. Ele poderia ter saido mais cedo, estar no trânsito, sem sinal no celular, ele poderia ter ido comprar flores pra ela, fazer uma surpresa, ele poderia até ter saido para encontrar uma amante, mas ele estaria vivo, são e salvo.
Depois de algumas horas, ela tenta mais uma vez contato, e ele atende, e sua voz ecoa dizendo 'Oi amor.' Cai a ligação, cai no choro, cai na real.

A vida toma rumos inexplicáveis, não sabemos dizer onde foi que erramos, se podíamos ter feito algo para remediar o que aconteceu. Palavras que saem soltas, sem pensar; atos errados, equivicados; uma briga boba, uma despedida sem emoção...
Agimos como se não soubéssemos que tudo por acabar daqui um instante...

Devíamos manter no nosso frágil cérebro humano que amar é demonstrar, é exaltar, é viver comos e cada dia fosse o último. Até mesmo eu penso assim por ter visto tanta dor na televisão. Já já eu me esqueço, mas a vida me ensinou a dar valor, a amar, a falar a viver feliz a cada dia. Tenho mil motivos pra dizer o que sinto, tenho mil motivos pra sorrir, tenho mil motivos pata agradecer todos os dias por ter econtrado o amor, a paz, a felicidade, por ver a minha felicidade refletida na de outra pessoa, por te encontrado alguém, a minha preciosidade, a minha raridade, a minha força, a minha fortaleza, o meu herói, o meu conjunto de perfeição, o meu amor.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Aprendi a dizer eu te amo.

Aprendi que dizer liberta,
alivia o peso, refresca a mente.
Aprendi que falar resolve,
cura, machuca, escancara.

Dizer exatamente tudo
me ensinou a ser fiel
aos meus atos,
aos meus sentimentos.
Após dizer o primeiro
eu te amo, aprendi.

Dizer me faz não me arrepender,
eu disse, disse exatamente
tudo aquilo que se passava por mim.
Adocei a minha vida
com um eu te amo,
adocei a sua vida com um
eu te amo sincero.

Aprendi que ouvir conforta,
alivia a mente, refresca o ego.
Aprendi que escutar felicita,
cura, machuca, exalta.

Grão de amor.

Me deixe só, mas só se for pra ir alí e pra voltar,
me deixe sim, meu grão de amor, mas nunca deixe de me amar.
Agora as noites são tão longas, no escuro eu penso em te encontrar...
Me deixe só, até a hora de voltar.

Me esqueça sim, pra não sofrer, pra não chorar, pra não sentir,
me esqueça sim, que eu quero ver você tentar sem conseguir.
A cama agora está tão fria, ainda sinto o seu calor...
Me esqueça sim, mas nunca esqueça o meu amor.

É só você que vem no meu cantar, meu bem, é só pensar que vem...
Me cobre mil telefonemas, depois me cubra de paixão.
Me pegue bem, misture alma e coração.


(Tribalistas)

Spoil me.

Eu disse e prometi que dessa vez seria diferente, mas eu nunca estive tão errada na vida.
Você fez com que fosse impossível amar outra pessoa.
E agora eu sei que não quero te deixar ir...
Sabe, eu pensei que pudesse me controlar, mas ninguém podeme amar como você.
E até pouco tempo atrás eu não sabia disso.

Estou mimada pelo seu amor, não importa quantas vezes eu tente escapar, é perda de tempo.
Estou mimada pelo seu toque, o amor que você me dá é tão difícil de encontrar, não quero mais viver sem isso...
Estou mimada, e cada vez mais.

Tentei me enganar dizendo que saberia o momento de parar, até hoje não sei.
Nunca vi a palavra 'amor' tão personificada como vejo em nós dois, e é por isso que não consigo parar...
Estou mimada pelo seu amor, não importa mais nada, é perda de tempo.
Estou mimada pelo seu toque, o amor é perceptível pelos dias...

E eu estaria me enganado, se dissesse que tenho o controle das minhas emoções.
Não tem mais jeito, é profundo demais, quando se trata de você.


quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Saber amar e saber deixar pra lá.

Por que escolhemos certos caminhos na vida? Por que tomamos certas decisões? Sabemos que a partir daquela palavra proferida, daquela atitude tomada, as coisas não serão mais as mesmas. Não tem mais volta, deixamos um lado falar mais alto. Foi de dentro, foi celado, foi concretizado. Está feito.
Amamos e deixamos amar, escondemos e queremos ao mesmo tempo dizer, nos fazemos de indecisos, brigamos com o que não tem discussão. E tomamos aquela decisão que une tudo, que nos completa, nos dá mais um motivo pra ser feliz.
Processo comum de quem ama e de quem sabe amar: apenas deixar agir, deixar pra lá o que dizem, deixar pra lá um passado que se esquece a cada dia mais, se apegar cada dia mais a um futuro incerto...
Deixar os lábios falarem, um olhar dizer tudo o que palavras não dizem, sentir o que ninguém mais sente, ouvir sinos badalando a cada passo mais perto da pessoa amada.
Deixar viver, deixar amar, viver.

Pra que escolhemos certos caminhos na vida? Pra que tomamos certas decisões se sabemos que não vamos cumprir de corpo e alma? Aquela palavra proferida, aquela atitude tomada, foi precipitada e não sabemos dizer isso à nós mesmos. Não sabemos dizer que nos arrependemos, que dissemos sem pensar.
Está feito e pode ser desfeito se formos honestos com nós mesmos. Assuma se for viver por completo, se for de verdade, se for pra valer. Viva intensamente, ame intensamente apenas se amar. Sinta uma renovação do que se sente a cada dia, proclame o amor, grite a vida!
Seja feliz a cada dia, esteja satisfeito com cada segundo do seu dia. Apenas viva se quiser viver. A vida proporciona, mas é você quem decide
Deixar saber deixar pra lá é necessário, compartilhar o que se faz é preciso. Aceitar que o ciclo acabou, que não pode mais dar aquilo que prometeu, que não sente mais o que antes sentia é essencial.
Deixar pra lá, seguir sem magoar, viver a vida de novo.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

6.

Eu apenas preciso agradecer.
Dizer mais uma vez o quanto cada dia desses seis meses significaram pra mim. Ainda mais além, o quanto cada dia desde o nosso inesperado contato foi importante pra mim.
Estava tudo bem, intacto, e como a vida tratou de colocar algo ainda melhor, me trazendo surpresas e sabores. Como não me lembrar pro resto da minha vida daquele dia que nem sei mais bem ao certo qual foi, só me recordo que fora no final de Abril, quando por um súbito da dominação do sono me fez apenas agir sem nem pensar em nada. O tipo de coisa que não faço com frenquência, sem nenhuma justificativa. Duas e trinta da madrugada, ninguém na sala, todos já dormiam, tinham desligado-se do mundo agitado que estranhamente abordava o nosso feriado naquela pacata cidade. Me lembro apenas de ter me afeiçoado por um gosto nosso em comum.
Apenas fiz.
Sem esperar nada como em cada novo dia, deixei o ato irreversível como estava, não havia nada a ser feito. Também não sei bem ao certo quantos dias se passaram, mas recebi um sinal de fumaça, um contato, algumas palavras que ultrapassaram os cento e quarenta caracteres. Ri a toa com o que lia diante dos meus olhos, incrivelmente o passado já tinha nos posto frente a frente, e eu sequer me lembrava daquele aniversário, já se passou quase dez anos. Mas você lembrava, lembrava de mim, de alguns detalhes que nem eu sabia que você sabia. E a partir daquele sorriso bobo que brotou da minha boca, os cento e quarenta caracteres foram se multiplicando, escrevendo história, dia após dia.
Me deparei com uma ânsia louca de te procurar, de receber alguma resposta sua. Quando demorava, me deprimia. Fugia de coisas da minha vida física só para olhar se 'por acaso' você tinha dado as caras no mundo virtual, imagine que eu estava completamente dominada de curiosidade para saber quais seriam as próximas cento e quarenta letras suas dirigidas à mim. Era inegável, talvez eu recusasse à mim mesma a admitir que me encantava por aquelas palavras soltas num mundo de ninguém.
E o tempo passou, a brincadeira foi ficando séria, era todo dia, de tempos em tempos (leia-se hora em hora) eu corria por notícias suas e como a felicidade vinha com cada resposta mais rápida, a mesma velocidade com que as borboletas voavam no meu estômago.
Platônico, foi exatamente isso o que meu sentimento se tornou, passei da fase de negação e assumi que você mexia comigo, que você me fazia rir em tempos duros. Era bom, era viciante, era louco.
Assumi de repente um compromisso comigo mesma que deixaria de me bloquear, e me deixar levar por cada onda sua, e assim feito, assim procedido. Os dias passando, você já sabia coisas de mim que nem eu mesma sabia, concluindo a hisória sem chegar ao final, você se tornou meu amigo, meu confidente, meu terapeuta, dizia tudo à você, e surpreendentemente eu era o mesmo pra você, que coisa mágica. Tão iguais, tão diferentes, tão sinceros, era exatamente tudo como eu queria!
Um dia em particular, uma noite adentro de conversas, disse como eu me senti em relação à nós, à um ainda inexistente nós, tomei conta de mim e simplesmente disse, deixei fluir, disse que te amava que não havia como não te amar, já estava tão nítido e claro no meu rosto que você via sem ver.
E surpreendentemente mais uma vez, você disse o mesmo.
Deus, como eu parei de respirar por alguns segundos!



Voltando a receber ar, flutuei, e a partir dali existia um nós, um nós complicado de nascer, difícil de sobreviver, um nós mais do que eu e você, um nós misturado por uma coisa tão boa, que eu nunca vou saber descrever com exatidão. Erámos eu, você, amor... éramos afinal nós.
Não tinha mais minhas vontades humanas, estava entregue à um aparelho eletrônico que me deixava mais perto de você, que me ligava à você mesmo à quinhentos quilômetros de distância. Podia te sentir comigo, e eu com você. Era mágico, esplêndido.
Nem precisei dizer à mim mesma que te ver era coia mais do que prometida. Era ponto mais alto das minhas listas de coisas à se fazer, era questão de tempo.
O tempo chegou, o tempo me deixou louca sem te ver, com algumas dúvidas que insistiam dentro de mim, coisa boba, coisa tão insignificante perto do que me esperava, perto do presente que você me daria.
Fui, foi como deveria ter sido, momentos inocentes de crianças tímidas, elogios, olhares, fôlegos. Te vi, te vi com os olhos da alma, era inevitável não querer largar tudo, mesmo minha postura pra te abraçar finalmente, o que parecia tão irreal era real!
Dia seguinte, começamos de fato, você perguntou e eu nem precisava responder, estava piscando na minha testa, agora era completo, era meu de verdade.

E desde aquele dia tem sido assim, flores, amores, sabores...
Claro, que me separar do seu olhar não é nada fácil, mesmo depois de tanto tempo, de tantas idas e vindas. Acabo me acostumando a viver de amor, de uma vida tão maravilhosa junto à você, e ter que deixar isso por uns dias me faz chorar, e você sabe o quanto eu choro em casa despedida, meu interior se lamenta compulsivamente por ter, por ter que partir, por ter que te ver partir...
É desleal, injusto com quem se ama tanto, deixa estar, vamos estar juntos ainda por muito tempo.
Quanto mais eu fico com você, mais eu quero que isso nunca acabe, que isso prospere e se torne um futuro tão brilhante e tão cheio de amor que chega a me faltar o ar mais uma vez.
Agradeço a Deus pelo presente, pela surpresa.
Agradeço a você por exatamente cada coisa, cada dia, cada palavra, cada pedaço seu que eu já conheço tão bem.
Já disse tanto e ao mesmo tempo tão pouco. Nunca vou chegar ao suficiente. Minhas invencíveis palavras não dizem nem perto do quanto você significa em mim, aqui dentro, marcado pra sempre.
Sem mais delongas, quero poder estar presente em alma todos os seus dias, estar fisicamente em todos os momentos importantes da sua vida. Quero ser sua, seus olhos, seus pensamentos, seu coração, assim como você é pra mim.
Somos nós, e seremos nós, agora e sempre mais.
Eu, você e amor, muito amor.

Eu amo você de corpo, alma, mente, pra sempre e além.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Fogo

Você é tão acostumada a sempre ter razão.
Você é tão articulada, quando fala não pede atenção.
O poder de dominar é tentador, eu já não sinto nada sob todo o torpor.

É tão certo quanto o calor do fogo, é tão certo quanto o calor do fogo.
Eu já não tenho escolha e participo do seu jogo, eu participo...
Não consigo dizer se é bom ou mal, assim como o ar me parece vital.
Onde quer que eu vá, o que quer que eu faça, sem você não tem graça...

Você sempre surpreende e eu tento entender.
Você nunca se arrepende, você gosta e sente até prazer.
Mas se você me perguntar eu digo 'sim', eu continuo porque a chuva não cai só sobre mim.

Veja os outros, todos estão tentando, e é tão certo quanto o calor do fogo.
Eu já não tenho escolha e participo do seu jogo, eu participo..
Não consigo dizer se é bom ou mal, assim como o ar me parece vital.
Onde quer que eu vá, o que quer que eu faça, sem você não tem graça...

(Capital Inicial)

Livin'


Like a muse, like a stone.
Mixed by you, sweetly melted.
I was in the middle, not sure about life,
thinking about givin' up.
Letting it be, just floating.

And of a sudden, you put it all together,
modern mystery, case of fatal love.
Now, you are in everything,
even on my missing you.

Maybe you can see all I need to be happy,
you have only to be living, to complete the task.

Like a vow, like a wind.
Broke by you, sweetly mistaken.
You united two lifes in one,
always there, always savin' me.

When I look to the stars,
to the moon, to the sun, to the sky,
to the blanket, to anywhere...
You are there, when I need,
everytime.

Maybe you can predict all I need to be happy,
you have only to be livin' to complete my life.








Parece

Parece terrível a ideia de ter que me acostumar a viver sem você.
Quantas perdas eu já senti e quantos doces reencontros já tive ao seu lado.
Aprendemos e desaprendemos da maneira mais cruel que nos é imposta.
Foram dias lindos, foram dias perfeitos, foram momentos que eu congelaria e viveria pro resto dos meus dias.
Foi assim, e quantas vezes foram assim...
Mergulhei intensamente dentro de cada detalhe seu, reparei em cada gesto, em cada respiro, te aninhei no meu colo e te fiz dormir como uma criança linda, uma criança cheia de vida.
Te vi acordar, te vi ao abrir meus olhos, te vi ao fechá-los também.
Como os segundos passaram lentamente naquele instante, como quis que aquilo nunca acabasse...

Parece terrível ter que sair da sua órbita, ter que deixar de ficar te olhando e me hipnotizar a cada olhar,
me é incontrolável a vontade de deixar brotar o pedaço que me é arrancado em forma de lágrimas e soluços.
Aprendo tão fácil, me acostumo antes até de te abraçar, como é bom estar do seu lado, guardada pelo seu sorriso mágico.
Me pego contando os dias, tentando multiplicar o tempo que eu tenho.
Em vão, se vão pelos meus dedos, evaporam tão rápido, e deixam marcas tão profundas.

Parece bobo ficar olhando no calendário, mas me dá forças.
Parece neurótico só conseguir pensar em você, mas me faz feliz.
Parece feliz só de sentir, e me faz tão bem.