quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

USP, FFLCH e afins.

Haaaaa, passar no vestibular é a melhor sensação do mundo!
Até o primeiro dia de aula, porque aí sim, a sensação é ainda melhor.
Claro, bixos da USP são mais perdidos do que gringo na Sapucaí (péssimo trocadilho.), eu também estava perdida, mas isso faz parte do processo.
Cheguei tão cedo na FFLCH (pra quem não sabe: Faculdade de Filosofia, LETRAS e Ciências Humanas.), quando eu passei no portão da USP me deu um frio na barriga, andei por lá pensando, 'Caracas, eu tô perdida!' acho que a palavra 'Socorro' estava estampada na minha testa, enfim...
Sentei no banquinho simpático, minha única e quieta companhia e ouvi uma conversa alheia (ok, isso é feio, mas eu precisava me enturmar.). Cheguei na maios cara de pau e comecei a conversar também, a faculadade faz isso com a pessoa, ela fica muito cara de pau, principalmente os bixos.
Devo confessar que a primeira atividade me deu sono, a segunda me assustou, tema pesado demais para uma primeiro debate. O pessoal da FFLCH é tão político, tão ativista, eles já falaram sobre invasão de reitoria e sobre o fim do vestibular. O.o
Problemas no prédio da letras é o que mais tem, acho que é a filha pobre da USP, todas as outras faculdades de lá são tão organizadinhas... Na minha, é só corredor, salas onde o ar condicionado não funciona e papel sobre a causa operária. No começo já reparei que muita coisa precisa ser mudada, mas é com o tempo que a gente, bixos de 2010, vamos entrar na ala social/política da coisa, eu também vou (Viva la Revolución!), mas logo no primeiro dia falar disso aí assustou muita gente, viu.
Adorei quando comi no bandejão, me senti presidiária, mas foi tão bom! (Matei sete e entei na cruspício.)
No segundo dia, o 'churrasco' da letras não tava lá tão animado... Até tocarem Lady GaGa, aí os amiguinhos alegres da facu soltaram a franga, eu gostei disso.
Enfim, entrei no mundo mágico da USP.

OMG!

Oh My God!
People have been reading this shit!
Acho que exagerei, né?
Enfim, tava precisando falar e falei, poxa.
Let's change the subject.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Cansei.

Eu nunca fui daquelas pessoas super apegadas à família. Claro, ela é a base, é o conforto, é a preparação, mas pra mim, nunca foi o símbolo de perfeição. Desde sempre nada que eu fiz foi 100% certo,  sempre ouvi críticas, e não foram críticas suaves, com um tom leve, de ensinamento, era aquela coisa gritante, tudo era motivo pra gerar uma briga. De uns tempos pra cá, as coisas ficaram melhores e piores, tenho um só questionamento: Por que nada que eu faço é certo? Se eu fiz errado, eu assumo e sei que eu vou melhorar, se eu acertei, poderia ter feito melhor, ou nada mais era que minha obrigação.
Sempre fui regrada, sempre soube o que era bom e ruim pra mim, nunca tive diálogos longos e sinceros com os meus pais, eu nunca fui assim, e sei que também nunca serei, é uma coisa minha, essa sou eu, os problemas que eu arrumei eu mesma tenho que resolver. Como diria Raul Seixas, "Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.", eu tenho a minha opinião, e acho que minha idade já é suficiente pra tomar as minhas próprias decisões. Quero que se dane o que as pessoas falam, se eu ligasse pro que dizem, eu não faria nada. Chega de aparências, chega de mater a pose, eu sou que eu sou, e que se ferre os modelos educacionais 'bem' sucedidos.
E no meu caso quem dita as regras, quem tenta manter a pose, é um ser que mora comigo, mas que mais se parece com o ditador. Cara, eu quero ter a minha própria vida, ter a liberdade de tomar as minhas próprias decisões, quero que todos vejam a minha felicidade, vejam quem eu sou. Cansei de ter que seguir ordens, cansei de ser a certinha, mas que merda... O que será que eu fiz pra merecer isso? Será que tudo isso um dia vai acabar bem? Será que vai ser fácil me livrar das garras tão tiranas da minha casa?
Eu só queria poder tomar conta de mim, e desse jeito eu nunca terei o tão bonito afeto familiar.