domingo, 4 de novembro de 2012

A galáxia.

E cá estou eu largada numa gaiola de seres famintos que só pensam na própria existência.
Não comtemplam os outros como semelhantes, e sim como rivais.
E cá estou indignada na gaiola tentando me esconder de tudo e de todos.
Já não me abro pra tantos, guardo para mim meu ínfimos segredos de galáxias perdidas.
E cá estou eu amedrontada nessa gaiola de sanguinários que tem sede constante.
Não saio mais de minha própria consciência, estou atada ao homem de ferro que carrega ferro e mata com ferro.

E lá está uma salvação ilusória que virou mercadoria, que se banalizou.
Não sentem mais medo daquilo que causava pavor.
E lá está um Deus que já não representa a glória, e o poder.
Não veem mais uma solução cabível aos olhos humanos.
E lá está um povo perdido, descrente, ausente, e que chora.
Não sentem mais piedade de uma família destroçada pelos destroços de um homem que já não é mais humano.

E não achei nenhuma razão pra sair do meu casulo.
Ao abrir a porta da minha alma, não tenho coragem de me levantar e gritar.
E não vejo nenhum fio de esperança ao redor da minha galáxia.
Ao abrir oa olhos, não vejo nada que desperte a vontade em mim.
E não sinto mais nenhum sentimento bonito ao avistar a cidade de ferro que cresceu diante de mim.
Ao abrir os meus horizontes ao luar. vejo que a única solução é me abandonar numa esquina qualquer, e pousar em outra galáxia.

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