quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Como eu sinto falta...

Como eu tenho saudades daquele tempo, em que tudo era mais fácil, onde tudo era encanto, pena que naquela época eu não sabia disso.
Hoje eu sinto falta de abrir os olhos e ver que mais um dia chegara, que acordar era necessário e que tava na hora de ir aprender a ver o mundo. Como era bom ser feliz pelos corredores onde eu só via rostos conhecidos, onde todos eram iguais. Sinto falta do sinal, antes ensurdecedor e que agora me seria música aos ouvidos, as escadas que me trazem lembranças boas, de correria e gritaria.
Sinto falta das pessoas que me cercavam diariamente, das coisas fáceis que me eram propostas, dos sermões da diretora, dos exercícios de matemática. Saudade da hora do intervalo, das conversas, do suco, do misto, da árvore, das cadeiras, do chão. Saudade de voltar pra casa em cinco minutos, almoçar e não ter nada pra fazer. Saudade do frio na barriga em pensar no destino, no futuro. Me falta aquele ar preocupado sobre a tão temida prova do fim do ano, e em contrapartida, a alegria de apresentar o teatro que me fez tão feliz.
Sinto que uma parte disso me falta, e que sempre vai faltar. A felcidade de ter conseguido seguir em frente me deu vontade de deixar esse passdo para trás, vivi a nova vida, criei minha zona de conforto, aprecio-a demais, tenho novas fontes, novos desafios...
Mas hoje, com o calor do futuro já no presente, sinto a saudade daquele tempo, sinto a saudade da irresponsabilidade que poderia ter tido, de ter feito mais de mim mesma, de te colocado a minha existência, t ter resolvido ser mais destoante. Agora não pode mais ser feito, uma vez aqui, sempre aqui, adoro esse lugar, adoro conviver com as letras, dúvidas mais cruéis ainda me perturbam, me lembro da simplicidade daquele tempo, onde tudo ficria bem.
Sinto que essa saudade vai persistir por toda a vida, esquecerei de alguns fatos, de alguns rostos, mas lá dentro sempre serei eternamente grata e feliz por ter vivdo aqueles anos que pareciam intermináveis.
Estou aqui sentada na biblioteca do tão sonhado futuro, estou ocuapada pensando nas responsabilidades, permito-me esquecer um momento e lembrar da vida que insiste em pulsar nos meus pensamentos.

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