sábado, 16 de junho de 2012

Algo em mim congelou.

Um dia eu disse que não cometeria os mesmos erros que você.
Veja só onde estou.
Cometendo os mesmos e velhos erros.
Disse também que me manteria firme se qualquer turbulência me atingisse.
Hoje eu sei que não sou tão forte assim.
Acabei aprendendo da pior maneira possível a não cair.

Nunca mais disse o que deveria dizer,
penso antes de lhe encarar, antes de enfrentar os nossos interesses.
Nunca mais fui o que eu era antes,
alguma coisa congelou aqui dentro de mim.
Entaladas na garganta, as palavras não saem.
Assim, eu tenho medo.

Perco o foco em vocês, e ganho nos outros.
Nunca mais chorei na sua frente, e me sinto uma rocha por isso.
Finjo sorrisos, sou alguém diferente longe daqui, dos seus olhos.
Me alieno à tudo voltado à vocês, finjo não me interessar.
Percebo que dentro de mim, eu vivo os mesmos dilemas.
Meu coração ficou sensível às suas palavras de amor.

Nunca mais abracei quem eu deveria venerar,
penso antes de agir por impulso, antes de encarar os seus braços.
Nunca mais senti o que eu sentia,
alguma coisa congelou aqui dentro de mim.
Entaladas na garganta, as palavras não saem.
Assim, eu tenho medo.

Tão nova, tão indefesa, essa é a sua verdadeira você.
E eu nunca pude estar ali por você.
Ouvi seu choro, senti suas noites em claro,
ouvi seu desabafo, e nada disse.
E agora sou eu que desabafo para o nada,
pelos mesmos motivos.

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