sexta-feira, 20 de maio de 2011

Melancolia.

A esperança é a última que morre. Em mim ela nunca sobreviveu por muito tempo, com o passar das coisas eu logo percebi que ela ia morrer logo logo. Eu sempre fingi que ela vivia, confesso, mas nessas horas em que tudo desaba, a mentira fica descarada, fica trasparente, dói até.
O mais problemático dessa história toda é que eu consigo ver, ao final do túnel obscuro da minha mente, um futuro brilhante! Cheio das coisas que eu sempre quis ter, que eu sempre sonhei...
Mas por que esse futuro não chega? A cada ano eu olho pro fundo do nada e prometo à mim mesma que naqueles próximos 365 dias vai ser tudo diferente, eu até tento, mas não dá! Estamos lá de novo, com a mesma e velha situação. Mudança? Hello?
Tá, já entendi que agora é que tudo começa: mas não dá nenhum sinal de vida.
Qual é o seu normal? O bem ou o mal? Porque eu já nem sei mais...
Me assusta o que me passa na cabeça sobre tudo isso, não posso dizer, não posso demonstrar, só sinto que não deveria sentir isso. E a culpa é totalmente sua, é você que não se decide, você que não me convence, você que não me surpreende. Já está tão cansativo, tão previsível, mas a cada vez eu fico cada vez mais tentada a dizer o que ficou aqui comigo por tempo demais. E isso vai morrer comigo? Ou vou ter que te magoar? A escolha é sua.
Por que cargas d'água na lotéria biológica, eu vim parar aqui? Começo a me perguntar, e isso não me é satisfátório. É como um crime, pessoal, letal, que você faz crescer dentro de mim.
Ainda bem que cabem coisas suficientemente boas pra amenizar o que você causa, eu sei que amanhã tudo vai estar bem e vou me esquecer de tudo o que aconteceu, minha capacidade em guardar rancor é medíocre, e nesse quesito, meu bem, você tem sorte... Se bem que a cada vez que isso acontece, a vontade de sumir é cada vez pior. Será que um dia eu sumo? Colocar o pé na estrada me parece tão tentador.
Mas quero fazer consciente, deixar você consciente, de que a causa é totalmente sua. A ideia já está mais do que fixa, só falta achar o tempo propício para dar o bote.

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