quarta-feira, 29 de junho de 2011

Eu sinto a necessidade de dizer...

Eu sinto a necessidade de dizer a todo instante que encontrar você, me fez acreditar mais uma vez nas pessoas, me fez acreditar mais uma vez que amar vale a pena. Se sentir amado nem que seja a 500 quilômetros de distância, se sentir necessário para alguém, muda o ângulo das coisas, as fazem tomar outro rumo, mais focado, mais proveitoso, mais idealizado.
E foi assim com você: sem esperar, aos poucos e tão rápido ao mesmo tempo você me desarmou, me fez sua refém. Abusou da compatibilidade à nós concedida e ocasionou em mim isso que eu sinto agora e a cada dia mais.
Já não falo sobre mais nada a não ser você e tudo que gira ao seu redor. Já não consigo ficar indiferente à você, aos seus passos, e a vontade que lateja aqui no coração de te ter, te sentir finalmente nos meus braços, recebendo meus abraços. E como se fosse fato consumado, já é, não materializado, mas sou sua na teoria e na prática, no português e na matemática, aqui ou lá, à quilômetros ou centímetros... Não importa.
A doce vontade, a inocente saudade, todas juntas me puxando pra você, me deixando paranóica, maluca, boba, ao ponto de colocar tudo a perder em um instante de infantilidade e cochilo da minha consciência.
E o pior dos castigos é esse desespero que insiste em tomar conta de mim.
Você já tem o meu céu e o meu inferno, já viu meu melhor e meu pior, e mesmo assim insiste em dizer que tudo isso que eu sinto, você também sente.
E se for pra ser eu e você, seremos nós. Eu não tenho medo, eu já tenho você que preenche todo e qualquer espaço dentro de mim, que me invade de alegria, que tem a capacidade de mudar o meu humor, que tem o dom de me fazer ansiar, de me fazer contar os dias, que me faz sonhar acordada com os futuros acontecimentos.
E se for pra sermos nós, seremos assim. Aqui ou ali, longe ou perto, fisico ou mental... Não importa.
Se eu sinto toda essa necessidade, se eu achei a agulha no palheiro foi por um motivo, por uma razão, para uma solução.
Se hoje eu já estou assim, pra quê desconfiar do futuro? As coisas podem dar certo sim, pra mim, pra você, pra nós. Peças do destino que são meros detalhes comparados à tudo isso no meio do caminho, nada supera, nada explica, nem precisa, o que não tem explicação tem sabor melhor, tem tempero apurado, tem magia suficiente pra existir sem razão.
Cansei de perguntas, de revirar a vida procurando um motivo, de questionar o inquestionável, de querer ver além do que ainda não foi escrito, de querer adivinhar as coisas. Chega.
Viver é dádiva, é presente. E pra quê arrumar motivos pra viver o futuro? Se o meu agora é com você.
O que passou, simplesmente passou, se me atentar aos detalhes eu vejo, mesmo sem ver o quanto tudo isso também faz sentido pra você, o quão bonito pode ser esse presente/futuro.
Prefiro esquecer todas as vezes que deixei as dúvidas tomarem conta de mim, abafei de uma vez por todas essas vozes, deixei só o silêncio, o seu silêncio sussurar pra mim coisas que ainda não entendo, mas que sinto.
E se for pra sermos eu e você, eu serei toda e completamente sua.

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