segunda-feira, 6 de junho de 2011

Problemática ?

          Refletindo sobre tudo isso e colocando os pés no chão me vem a questão: Como vão ser as coisas depois de tudo? Amores, flores, palavras, suspiros. Isso até agora. Mas e depois? Falando por mim, eu não quero perder a raridade que eu achei, mas como mantê-la sem vê-la?
          Não posso ignorar que nunca me dei bem com números, e esse pequeno problema traumático me assombra até nos quesitos mais inesperados. Eles não estão ao meu favor dessa vez, mais uma vez. As pessoas dizem que a situação é impossível que é batata: apodrece, estraga, congela, desfalece em pouquíssimo tempo. Confesso que eu também achava e dizia a mesma coisa, mas com essa novidade à minha porta precisei rever meus conceitos. Eu sei que não vivenciei, mas me imagino nela. Podo estar surtando, eu sei, mas isso é uma coisa que eu SEMPRE faço. Sou eu, a pateta sonhadora, aquela que ainda não aprendeu que tudo com o que ela imagina não acontece.
          Que seja, é uma questão a se debater. Sou eu capaz disso? Eu, insegura, previsível e preocupada sou capaz de manter algo como isso? Ter tão pouco do que tanto almejo ter por cada segundo? Experiências anteriores me fizeram ver que eu sou tão fácil de se apegar que até eu me surpreendi. E ai? Me apegar e deixar pra trás? Como? A problemática de poder contar nos dedos quantas vezes vou contemplar o objeto querido já me faz sofrer por antecipação. Oimoi!
          Abrir mão sem tentar é algo que não é do meu feitio, abdicar-me por uma liberdade alheia sendo que eu não vou ter a mesma coisa por neurônios que me perturbam eu também não vou fazer. Apenas se for o desejo oposto. Ô novela mexicana essa a minha vida. Outro defeito: achar que esmola demais é pra se desconfiar, eu me detesto por isso. Meu lado irracional tem vontade de bater no meu lado racional, olho o resultado da mega-sena e confiro o meu jogo: falta um número pra ganhar e eu ainda acho perigoso o coração acelerar. Nessas horas queria ter um Édipo pra decifrar a minha esfinge.
          Voltando à problemática: seja o que Deus quiser? É isso que eu sempre digo que vou fazer, mas os meus amiguinhos neurônios não me deixam em paz. O que sei é que vale a pena correr qualquer risco, já digo: Alanna, já era faz tempo. Derrotada confessa. Perdi feíssimo pra você. Meus defeitos me acompanham, mas o que resta já não é mais meu.
E a cada dia que passa eu acredito cada vez mais, eu me distancio cada vez mais da palavra ‘problemática’ pra palavra ‘solução’.

Um comentário:

  1. Sabia que eu sinto um orgulho "homérico" de ter conhecido você? Tinha certeza que aquela garotinha franzina com camisetas de banda e suor nas mãos tornar-se-ia uma das mulheres mais talentosas que ja conheci. E digo logo! Talento que vem da alma.

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